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“E a economia não deslanchou…

Ernesto Antunes, consultor de empresas do Sebrae e Senai/CE. Foto - Arquivo Pessoal

Com o título “E a economia não deslanchou…”, eis artigo de Ernesto Antunes, consultor empresarial do Sebrae e Senai. Ele avalia o cenário econômico.

Confira:

Sabemos que toda mudança de governo pode trazer dúvidas e incertezas, principalmente para a economia do país, mormente em razão das novas políticas econômicas adotadas pela equipe econômica escolhida pelo Presidente.

Como profissional que atua há mais de 30 anos na área de consultoria empresarial e de negócios, entendo que as partes interessadas, tais como empresários, empregados, fornecedores e clientes (consumidores), criaram uma grande expectativa de que a economia iria deslanchar, principalmente em relação ao aquecimento das transações comerciais, com aumento de vendas, maior empregabilidade e mais renda e resultados para os envolvidos. Na realidade, o que se verifica é que a política econômica cambaleou nos últimos meses, tornando o momento alvo de sérias preocupações de empresários, trabalhadores e sociedade em geral.

Observamos, através dos diversos atendimentos que realizamos, como consultor, nos Municípios, que a euforia inicial de que os negócios iriam prosperar, deu lugar à certa apreensão, pois
não houve um incremento nos resultados, principalmente com relação aos indicadores financeiros de todos os envolvidos na cadeia produtiva. Ouvi, recentemente, um relato de um empresário do setor de confecção, que afirmou ser preocupante o veto do Presidente da República, no tocante à desoneração da folha de pagamento, dos setores que mais empregam no país e que,
estrategicamente, geram emprego e renda aos Municípios, onde essa desoneração está sendo aplicada, a tal ponto, que poderá haver demissão na sua empresa, se não houver ajuste, devido à elevada carga tributária.

Tivemos, também, a oportunidade de atender um grupo de comerciantes na região de Floriano, no Piauí, que afirmou ter acabado, praticamente, o capital de giro das empresas, para a manutenção dos custos e/ou realizar novos investimentos. Avaliando esses relatos, incluindo os de um profissional da área de produção industrial que perdeu o emprego, recentemente, e que vai apostar, agora, em empreender, devido à dificuldade de recolocar-se na sua função.

Outros fatores também têm contribuído para certo desânimo em alguns setores da economia, pois mesmo com ações efetivas do Sistema S, ainda faltam políticas públicas para estimular a economia, principalmente em relação aos novos investimentos, de modo que possibilitem um aumento significativo do PIB e da riqueza do nosso país. Os programas sociais são válidos, mas é preciso olhar para os trabalhadores que foram e serão afetados com medidas econômicas pouco eficazes.

*Ernesto Antunes

Consultor empresarial do Sebrae e Senai.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (1)

  • Artigo verdadeiro, pois a economia ainda não cresceu. O que cresceu foi os tributos.

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