Com o título “CDL: A vez da renegociação de dívidas para as empresas”, eois artigo de Assis Cavalcante, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Ele aborda tema dos mais interessantes para o empresariado do varejo.
Confira:
Independentemente de ser pessoa física ou jurídica, é fato que chegar a um patamar incômodo de alto grau de endividamento não faz bem a ninguém, não é mesmo?. As dívidas mexem com o psicológico, tiram o sono e interferem diretamente na qualidade de vida das pessoas e no bom andamento dos negócios, nas mais diversas organizações empresariais.
Todos nós sabemos que o início do ano é um período delicado para as finanças das pessoas físicas, mas principalmente para muitas empresas. Despesas como pagamento de tributos, reposição de estoques e gastos com departamento pessoal podem pesar no orçamento empresarial e resultar em acúmulo de dívidas.
Mas existe uma luz no fim do túnel para as empresas já neste comecinho de ano. É que o Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, afirmou que até março espera lançar um programa de negociação de dívidas baseado no “Desenrola Brasil”, modelo já criado pelo Governo Federal que busca facilitar a regularização de débitos.
A expectativa é que o programa beneficie cerca de 7 milhões de microempreendedores. Isso representa quase a metade dos 15 milhões que nós possuímos em nosso país. A iniciativa vai abranger as micro empresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).
Outra proposta que deve criar um fôlego para os pequenos negócios é a prorrogação do prazo para microempresas e empresas de pequeno porte aderirem ao Simples Nacional. Pelas regras atuais, as empresas já em atividade podem optar pelo Simples até a data-limite de 31 de janeiro. Para o ministro França, contudo, a data pode ser prorrogada até abril ou maio.
As medidas a serem implementadas são de suma importância a continuidade e o pleno funcionamento das empresas no país. Acredito que iniciativas como esta vão contribuir para que nossa economia consiga voltar de vez ao patamar do período pré-pandêmico e mais empresas possam terminar este ano com as contas no azul. É isso que esperamos. É isso que haveremos de ter.
*Assis Cavalcante,
Escritor e presidente da CDL Fortaleza.