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“Não há prosperidade sem educação de qualidade”

Djalma Pinto é advogado e especialista em Direito Eleitoral. Foto: Arquivo Pessoal

Com o título “Não há prosperidade sem educação de qualidade”, eis artigo de Djalma Pinto, advogado, mestre em Ciência Política e autor de diversos livros, entre os quais Ética na Política” e “Distrções do Poder”. O articulista observa que “sem escola pública de qualidade para todos, com professores dedicados, vocacionados e com a amor à causa da educação, continuaremos sendo um grupo social marcado pela desigualdade, gritante injustiça e crescente violência”.

Confira:

Um tumulto generalizado, na assembleia do Sindicato dos Professores do Ceará, no dia 04/04/2024, chamou a atenção da comunidade cearense. A divergência entre a presidência do Sindicato e professores, que desejavam deliberar sobre a proposta de entrar ou não em greve, por não acolhimento de reivindicações exigidas pela categoria, gerou agressões típicas dos gramados de futebol. Na disputa, não houve empate nem vencedores. Todos perdemos.

A grande verdade, é que a sociedade brasileira é uma eterna derrotada pela incapacidade de compreender que jamais alcançará a prosperidade e a redução da desigualdade, sem prestigiar a classe dos professores. São eles os responsáveis pela formação dos cidadãos nas sucessivas gerações. Bem qualificadas, as pessoas têm amplas condições de competição no mundo globalizado. Realizam as inovações, que fomentam as riquezas para serem compartilhadas entre todos para garantia de uma vida com dignidade, na curta passagem pela terra.

Sem escola pública de qualidade para todos, com professores dedicados, vocacionados e com a amor à causa da educação, continuaremos sendo um grupo social marcado pela desigualdade, gritante injustiça e crescente violência.

Ideologias à parte, no curso de nossa história, dois políticos captaram bem o grande papel da educação na vida de um povo: Leonel Brizola e Darcy Ribeiro. Não se tem, infelizmente, notícia de Presidente, Governador ou Prefeito, sequer visitando escola pública. A garantia do direito à educação de qualidade para as pessoas mais carentes precisa ser bandeira de todos os partidos. O dever do Estado de assegurá-lo independe da vinculação política do governante.

Sem exceção, todos os países que alcançaram desenvolvimento expressivo como Japão, Coréia do Sul, Alemanha, EUA etc, disponibilizam escolas de qualidade para todos. Asseguram salários dignos aos professores. Afinal, sem professor motivado, bem qualificado para a transmissão do saber e de valores para as crianças e para os jovens, a nação tende a fracassar.

Educação, porém, precisa compreender não apenas transmissão de saber, mas, também, transmissão de valores de uma geração para outra. Três valores se destacam como essenciais, a saber: 1) justiça como virtude – não faça com a outra pessoa aquilo que você não deseja que ela lhe faça; 2) solidariedade – coloque-se no lugar do outro para sentir a sua dor e 3) respeito ao dinheiro público.

A simples propagação desses valores, a partir da escola do ensino fundamental, reduz a criminalidade entre os cidadãos e a corrupção entre os governantes. Propicia o surgimento de líderes comprometidos com a formulação de políticas públicas, que assegurem emprego, renda para o povo e salários atraentes sobretudo para aqueles que prestam serviços essenciais à coletividade. Quando não há compromisso com a eficiência nem com a aplicação correta dos recursos públicos, o orçamento se desequilibra. Os cortes se tornam necessários e, via de regra, lamentavelmente, a primeira vítima é a pasta da educação.

Educador precisa ter plena condição para trabalhar. Ter remuneração digna para contribuir na construção da sociedade livre, justa e solidária, objetivo fundamental da República, declarado na Constituição. Precisa, porém, de serenidade, nas assembleias, para encaminhamento dos debates e deliberações sobre as melhores propostas para a classe e a para toda sociedade.

*Djalma Pinto,

Advogado, Mestre em Ciência Política e autor de diversos livros, entre os quais “Ética na Política” e “Distorções do Poder”.

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