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“O município e a Segurança Pública: Policialmento com cães”

Plauto de Lima é bacharel em Segurança Pública, especialista em Segurança Cidadã e mestre em Planejamento de Políticas Públicas.

Com o título “O município e a Segurança Pública: Policiamento com cães”, eis artigo de Plauto de Lima, coronel RR da PMCe e mestre em Planejamento de Políticas Públicas. Ele aborda mais um tema que interessa ao meio municipalista.

Confira:

A conexão entre o cachorro e o homem é antiga. Dentre tantas teorias que desejam provar essa relação, a mais aceita de todas é que tudo se originou por uma questão de interesse e sobrevivência. Desde então, o cachorro é o melhor amigo do homem. Aliás, a origem dessa frase foi atribuída ao advogado estadunidense George Graham Vest.

Tudo começou quando em 1869, Vest defendeu o agricultor Charles Burden quando ele queria processar o vizinho, Leonidas Hornsby, por matar o seu cachorro, chamado Old Drum. No primeiro julgamento, por não estar acompanhado de advogado, o agricultor perdeu a causa, sendo humilhado na corte. Porém, Burden não desistiu e decidiu recorrer. Foi aí que ele procurou o advogado George Graham Vest, que aceitou a inusitada causa. No segundo julgamento, Vest fez um emocionante discurso de defesa, contendo a frase “o cão é o melhor amigo do homem”, que tocou todos os presentes ao julgamento, inclusive o magistrado, o juiz Foster Whight, que multou e prendeu Hornsby pelo assassinato de Old Drum.

O comportamento dos cachorros ajuda muito para auxiliar em alguns serviços de rotina, sendo adestrados sem muitas dificuldades e conduzidos por seus tutores para as suas missões. É o caso dos cães-guias, que atuam como guia para deficientes visuais. Tem também os cães de serviço para crianças do espectro autista, cuja principal função é evitar que a criança corra e se perca em locais públicos. Outro importante serviço é o realizado pelos cães de serviço de mobilidade, utilizados para ajudar pessoas com mobilidade reduzida. E, por fim, os cães utilizados para o serviço militar ou de policiamento.
A primeira força de segurança que fez uso de cães foi uma polícia municipal (ou metropolitana), a Polícia Metropolitana de Londres, conhecida mundialmente como Scotland Yard, em 1935, ao inserir nas suas patrulhas o uso de cães.

O emprego do policiamento a pé com cães contribui positivamente para aplicação da lei, uma vez que apresenta fatores importantes que devem ser considerados, como a fácil visibilidade quando empregado durante o dia em áreas congestionadas e a boa influência psicológica na prevenção da criminalidade. A eficiência durante o patrulhamento noturno também é verificada, uma vez que o cão tem a capacidade de detectar, com maior facilidade, um suspeito em fuga ou escondido. O policiamento com cão, quando utilizado em escolas, especialmente, no final do horário escolar, ajuda a evitar ações de vândalos, molestadores de crianças e traficantes de drogas.

Além de todas essas vantagens para a diminuição do crime e da violência, o cão dá mais empatia ao policiamento e aproxima a força de segurança à população.

Contudo, os profissionais de segurança do município que vão lidar com esse tipo de policiamento devem passar por um curso de capacitação para adestramento, onde aprenderão a psicologia animal, doutrina de condução do cão, além outros aspectos da atividade de policiamento.

*Plauto de Lima

Coronel RR da PMCe, Especialista em segurança cidadã e Mestre em Planejamento de Políticas Públicas.

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