Com o título “O Verdadeiro Falso Amor”, eis mais um conto da lavra de Francisco J Caminha.
Confira:
Duas mulheres se congregaram numa sexta-feira após o dia de trabalho numa cafeteria, uma mais experiente na casa dos 40 anos de idade e a outra mais jovem. A mais nova fez a seguinte indagação:
– Amiga, na sua experiência como mulher mais madura, pode me definir e dá um exemplo de um homem bom.
A outra fez um movimento ascendente no globo ocular em busca no pensamento de uma resposta adequada, tenho em vista exemplos de alguns relacionamentos pretéritos.
– Bem, hoje na minha experiência eu posso te afirmar que um homem bom seria aquele que me daria atenção, carinho, me levaria para passar uma semana no Rio de Janeiro no hotel Fasano Ipanema e bancava tudo.
– É isso mesmo que você pensa?
– Com certeza.
A amiga chocada com a resposta, fez outra pergunta:
-Se isso, na sua opinião, é a descrição de um homem, então como seria um homem excelente para você?
Após mais uns instantes de silêncio, veio a resposta:
– Com toda sinceridade, um homem excelente seria aquele que me daria atenção, carinho, me levaria à Paris para passar uma semana com ele num hotel 5 estrelas em frente a torre Eiffel no Paris Marriot Hotel e ainda me ofertaria 20.000 Euros para você fazer compras na Champs Elysses.
A mais jovem mais surpreendida com as pragmáticas respostas da amiga, perguntou indignada:
E onde fica o amor nesses relacionamentos? Você não acredita no verdadeiro amor gratuito?
– Olha querida, o amor é um discurso inventado por homens pobres para nos levar para cama de graça.
Ao escrever esse texto lembrei-me da letra de uma música do sambista carioca Nelson Sargento, segue um trecho:
“O nosso amor é tão bonito que ela finge que me ama e eu finjo que acredito. Eu faço tudo que ela quer e ela faz tudo que eu digo. Os que dizem que se amam de verdade invejam nossa felicidade”
AD SUMUS
PS: Tirem suas próprias conclusões.
*Francisco J Caminha
Escritor e ex-deputado estadual.