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O que é um homem?

Plauto de Lima, articulista. Foto: Arquivo Pessoal

Com o título “O que é um homem?”, eis artigo de Plauto de Lima, coronel da PMCe e mestre em Planejamento de Políticas Públicas e Homem. Confira:

Meu filho do meio (tenho três), de 22 (vinte e dois) anos, perdeu o seu documento de identidade e precisava tirar a segunda via. Então o acompanhei até a delegacia mais próxima da nossa casa para que prestasse queixa da perda. Esse é o primeiro passo para se tirar um novo documento. Ele relatou o ocorrido para o escrivão de polícia, que começou a coletar seus dados pessoais para preencher uma ficha de identificação: Qual o seu nome? Data de nascimento? Estado Civil? E seguiu perguntando. Foi quando fez uma pergunta que intrigou todos nós: Qual o seu gênero? A princípio não entendemos o que ele quis dizer com essa pergunta. Para mim, parecia tudo muito evidente olhando para aquela criatura de barba ao meu lado. Tendo percebido a nossa perplexidade, o policial se justificou dizendo que, mesmo ele vendo o óbvio, essa pergunta é uma obrigação legal.

Toda essa confusão teve início quando os progressistas – sempre eles – formularam a diferenciação entre sexo e gênero, pautados pela filosofia existencialista de Sartre. Aliás, como diz um ditado regional “quem não te conhece, que te compre”. Segundo Sartre, Deus não existe e o ser humano nasce despido de tudo, ou seja, o homem primeiramente existe, se descobre e só depois se define. Daí veio uma sopa de infinitas letrinhas que surgiu influenciada por essa filosofia. Hoje ela está assim: LGBTQQICAAPF2K+. Isso mesmo, podem crer, trata-se de uma sigla, não é a minha senha da internet.

Antigamente, para se reconhecer um ser homem, bastava perguntar ao médico: E aí doutor, é menino ou menina? Em seguida, você saia feliz para registrar o nome no cartório. Os mais ansiosos buscavam essa resposta ainda com o bebê na barriga da mãe, por meio de uma ultrassonografia. Os mais festivos abriam o resultado desse exame em um “chá revelação”. Caso fosse menino chovia algo de cor azul, sendo menina a cor era rosa.

A novidade nessa sigla de constante mutação é a inclusão do termo Dois Espíritos, para se referir a uma pessoa que se identifica como tendo tanto o “espírito” masculino como o feminino. Ou seja, você se sente de um gênero e consegue frequentar locais exclusivos para o outro gênero sem poder ser questionado. E ainda tem aqueles que sentem ser um animal qualquer. Essas pessoas pensam ser lobo, gato, cachorro e por aí vai. Percebam que essa confusão mental vem gerando graves problemas sociais e até criminais.

Minha filha (a mais velha dos três), mãe de duas meninas lindas, certa vez me falou que quando elas aparecerem com namorados seria menos criteriosa do que eu fui com ela, reduzindo as suas perguntas investigativas para apenas uma: Filha, o teu namorado é homem? Infelizmente, acho que essa pergunta simples de responder pelas gerações anteriores, nos dias de hoje já não é mais tão simples assim. Afinal, o que é um homem?

*Plauto de Lima

Coronel da PMCe e mestre em Planejamento de Políticas Públicas e Homem.

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