O Projeto Aprender Conectado marca um avanço histórico na conectividade de comunidades quilombolas: 843 escolas localizadas nesses territórios já contam com internet de alta velocidade. A iniciativa representa um salto de inclusão digital para regiões que historicamente enfrentam maior vulnerabilidade e isolamento tecnológico.
Para Flávio Santos, diretor-geral da Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace), o programa vai muito além da infraestrutura, fortalece a autonomia das comunidades e abre caminho para justiça racial, participação social e desenvolvimento local.
“O projeto entrega mais do que banda larga. Ele oferece uma ferramenta de empoderamento capaz de romper barreiras no acesso à cidadania, à educação e à inserção econômica e social. Essas 843 escolas são faróis para um futuro com mais igualdade e dignidade”, afirma.
O Brasil possui 2.604 escolas em áreas quilombolas, de acordo com o Ministério da Educação. Entre as que já receberam conectividade pelo Aprender Conectado, 652 estão no Nordeste, 80 no Norte, 79 no Sudeste, 19 no Sul e 13 no Centro-Oeste. Ao todo, 71.838 estudantes passam a ter acesso a novos recursos educacionais e oportunidades digitais.
Expansão do Aprender Conectado
Implementado em 2022, o Projeto Aprender Conectado integra a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), política pública do Governo Federal que tem como meta levar 18 mil escolas conectadas até o fim de 2025 e vai levar conectividade a 138 mil escolas públicas até 2026. Dentro desse esforço, o projeto será responsável por conectar 40 mil escolas até o final de 2026, consolidando-se como um dos principais vetores de expansão da conectividade escolar no país.