Naumi inicia quarta fase da volta da tarifa e renomeia Bora de Graça

Apesar do esvaziamento do Bora de Graça, pela atual gestão, Caucaia ainda é citada como exemplo nacional no transporte público gratuito. Foto: Arquivo

Após cortar um milhão de reais de investimento no programa Bora de Graça, depois retornar com as catracas em todos os ônibus e mais recente reimplantar os leitores de cartões, o prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), deu início nesta semana à quarta fase da volta da cobrança da passagem de ônibus, ao renomear o Bora de Graça para “Passe Livre”.

A medida consta no Diário Oficial do Município e aponta que a Prefeitura poderá adotar “outras providências”.

O corte de um milhão de reais foi justificado para conter uma suposta crise financeira em Caucaia, mas valor semelhante foi direcionado para a criação de 64 cargos comissionados com valores de R$ 12 a R$ 15 mil. A redução do investimento no Bora de Graça resultou também na redução da oferta de ônibus nas linhas, além de um remanejamento nas paradas, que passaram a ser distantes umas das outras e a exclusão de alguns percursos.

O retorno das catracas foi apontado pela atual gestão para um estudo no número de passageiros, apesar do contrato do Bora de Graça recais sobre o quilômetro rodado, não pelo número de passageiros. mesmo assim, após quase quatro meses, nenhum estudo ou levantamento foi apresentado.

Já a retomada dos leitores de cartões não foi sequer justificada, assim como a troca do nome do programa, que deverá resultar em pinturas de ônibus e outras despesas.

População continuará a chamar Bora de Graça

Para o ex-prefeito Vitor Valim, idealizador e executor da passagem gratuita para toda Caucaia, a população seguirá a identificar o programa como Bora de Graça, até o dia em que a atual gestão passar a cobrara a tarifa, quando então o nome perderá a sentido.

Valim aponta, ainda, que o Bora de Graça é como o Bolsa Família para Caucaia, quando a população, ao invés de receber o benefício do dinheiro, deixa de desembolsar uma média de R$ 150, por membro da família.

De acordo ainda com o ex-gestor, o Bolsa Família mudou de nome no governo Bolsonaro, mas toda a população brasileira seguiu chamando o benefício como Bolsa Família.

(Colaboração do jornalista Nicolau Araújo)

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