“Como qualquer terça: como nunca haveria de ser” – Por Paulo Nóbrega

Paulo Nóbrega é jornalista

“Moradores em pânico procuram por abrigo em meio ao pavor na Zona Norte carioca”, aponta o jornalista Paulo Nóbrega

Confira:

O dia nasceu às 5h12. A manhã de sol com poucas nuvens mal havia começado quando tiros, estrondos, incêndios e gritos acordaram o 28 de outubro no Rio de Janeiro.

Em Fortaleza, trânsito na Washington Soares, praia para os afortunados, vento a 29 quilômetros por hora.

Nem bem as horas, os minutos vão passando, os números viram assombro. 10, 20, 60 mortos. Espera! 30. Não! 80 presos na megaoperação da polícia contra o Comando Vermelho na cidade maravilhosa.

Lô Borges internado há 10 dias, traqueostomia. Uma pena, em orações.

Drones soltam bombas em táticas e cenas de guerra. Quatro policiais mortos. Ao menos outros 6 PMs feridos na capital fluminense.

O menino João Fonseca venceu mais uma, na primeira rodada do Masters de Paris. Dessa vez um canadense.

Vias fechadas em retaliação. Barricadas, carros virados e queimados na terra do samba.

Furacão Melissa se aproxima da Jamaica. Meu Deus! O que vai ser dessas famílias na tempestade do século?

Mais de 2 mil policiais mobilizados. 16h11 e já são 64 mortos na ação mais letal da história. E contando. Moradores em pânico procuram por abrigo em meio ao pavor na Zona Norte carioca.

O país toca o dia. TV e computador piscam notícias que não podem atrapalhar a rotina.

O desespero toma conta do dia. Amanhã? Ah, aí já será quarta-feira… Resta saber se o Cristo Redentor seguirá de braços abertos ou de mãos na cabeça ainda impressionado com a terça 28/10/2025.

Paulo Nóbrega é jornalista

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