O comércio varejista de Fortaleza deverá movimentar R$ 426 milhões na Black Friday, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (7) pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio Ceará.
O resultado representa um crescimento de 9,7% em relação às vendas de 2024, superando o desempenho registrado no Dia das Mães e consolidando a Black Friday como a segunda melhor data do ano para o varejo da capital cearense, ficando atrás apenas do Natal.
Segundo a diretora institucional da Fecomércio-CE, Cláudia Brilhante, esse cenário é complementado pelo movimento de antecipação das compras de fim de ano, quando os consumidores aproveitam as promoções do período para garantir presentes de Natal e itens de maior valor com descontos relevantes, maximizando o orçamento familiar e buscando parcelamentos mais longos com menor custo financeiro.
“As datas comemorativas exercem papel decisivo no desempenho do comércio varejista, impulsionando as vendas, dinamizando a economia local e fortalecendo, sobretudo, micro e pequenas empresas. Além disso, contribuem para reduzir a sazonalidade do setor e manter níveis mais estáveis de emprego ao longo do ano”, comentou a diretora.
Mais procurados
No que diz respeito às categorias mais procuradas, os eletrodomésticos lideram a intenção de compra (42,8%); seguidos por roupas e artigos de vestuário (36,8%); calçados, cintos e bolsas (29,6%); eletrônicos (15,7%); artigos para o lar (12,8%); aparelhos de telefonia celular (9,2%); cosméticos e perfumes (9,1%) e móveis e artigos de decoração (8,5%).
De acordo com Cláudia Brilhante, esse perfil de demanda sinaliza um comportamento equilibrado, combinando a aquisição de bens necessários ao cotidiano com produtos de maior valor agregado, favorecidos pelas condições de crédito e parcelamento oferecidas no período promocional.
A pesquisa aponta que quase 57,6% dos consumidores pretendem parcelar suas compras, tendo o cartão de crédito como principal meio de pagamento. Esse comportamento evidencia a importância do acesso ao crédito como mecanismo de viabilização das compras, especialmente para produtos de maior valor.
A intenção predominante de dividir os gastos entre cinco e dez parcelas (57,3%) indica que os consumidores confiam em uma estabilidade mínima do fluxo de renda nos próximos meses, o que reforça a necessidade de um cenário econômico favorável para sustentar o nível de consumo projetado.