Apesar de ser utilizada em 16 estados e no Distrito Federal como um método alternativo para solucionar conflitos em áreas como Varas de Família, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou a proibição do uso da constelação familiar sistêmica em qualquer âmbito do Poder Judiciário, inclusive como método alternativo de resolução de conflitos.
O Conselho Federal de Psicologia classifica a constelação familiar como pseudociência e alerta para o risco de revitimização, especialmente em casos de violência doméstica.
O que é?
A Constelação Familiar é uma terapia breve, que busca resolver conflitos e padrões negativos (em relacionamentos, finanças, saúde) ao revelar dinâmicas ocultas no sistema familiar, usando representantes (pessoas ou objetos) para recriar a estrutura familiar e identificar bloqueios, mesmo de gerações passadas, buscando um fluxo harmonioso e cura sistêmica através de “movimentos” e “frases de cura”.
Apesar de sua inclusão no SUS e uso na Justiça, não possui comprovação científica.
Graves implicações
A relatora do projeto, Silvia Cristina (PP-RO), classificou a aprovação como uma medida “necessária e urgente” para evitar graves implicações éticas, jurídicas e psicossociais. Segundo ela, a constelação familiar é uma prática pseudocientífica que não possui validação de órgãos competentes.
Quais estados adotam?
Acre, Amapá, Rondônia, Tocantins, Pará, Maranhão, Bahia, Paraíba, Piauí, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Próximos passos
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, seguirá agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
(Blogdoeliomar coma Agência Câmara de Notícias)