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“Padre José Augusto e a extrema-unção”

Fabrício Moreira Costa é advogado e contista

“Para surpresa de muitos, o enfermo que se dizia nas últimas e ouvindo tudo, abre os olhos e solta uma bela pergunta ao vigário”, conta o advogado Fabrício Moreira da Costa. Confira:

O padre José Augusto, de saudosa memória, durante quase 50 anos, comandou sozinho a Igreja Católica de Icó.

Percorria todo o município da zona urbana à rural, para cuidar de seu rebanho. Após intenso trabalho, resolveu aposentar-se. Vez por outra, ainda celebrava uma missa na histórica Igreja do Monte.

Irreverente, polêmico, suas homílias se transformavam muitas vezes em discurso partidário contra os políticos.

Pois bem. Era “fevereiro” de 2000. Padre José Augusto estava em sua residência, em um domingo pela manhã e, de repente, surge Maria Bezerra para chamá-lo às pressas.

– “Padre, pelo amor de Deus, meu tio José Bezerra está nas últimas. A família deseja que o senhor faça a extrema-unção nele”, disse.

De atitude, José Augusto, nosso diligente sacerdote, foi ao encontro do enfermo nas bandas do Bairro DNER, em Icó.

E, assim, teve que vestir suas vestimentas de padre, os chamados paramentos litúrgicos, como Estola, Casula, Alva, Túnica, Dalmática, etc, que resta diferente de nossas roupas do dia a dia.

Para surpresa de muitos, o enfermo que se dizia nas últimas e ouvindo tudo, abre os olhos e solta uma bela pergunta ao vigário:

– “Ei padre José Augusto, até o senhor vai brincar o carnaval com essa roupa?”.

Seu Bezerra, foi ao encontro de Jesus Cristo, porém, somente no final do ano 2000.

Fabrício Moreira da Costa é advogado e contista

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