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“A síndrome de Gramsci ou o transtorno de Freyre”

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor e escritor, além de ex-reitor da UFC

“Heresia e blasfêmia eram as denominações correntes para designar o que hoje os juristas reservam em linguagem eloquente aos ‘negacionistas’”, aponta o cientista político Paulo Elpídio de Menezes Neto. Confira:

A “Espectrometria ideológica” serve para identificar doenças metabólicas — no caso, distúrbios ideológicos invasivos. Procedimento usado com muito proveito na Idade Média, o seu emprego assegurou por séculos a limpeza do sangue e das ideias nas sociedades ocidentais e no resto do mundo.

Heresia e blasfêmia eram as denominações correntes para designar o que hoje os juristas reservam em linguagem eloquente aos “negacionistas”, de todo gênero, essas criaturas abomináveis que negam a realidade e promovem a cizânia ideológica e política entre os brasileiros.

Os primeiros sintomas ”ideológicos” passam em geral despercebidos. São pequenos insultos de utopia que se vão tornando mais frequentes, Ocorrem em idade madura, mas hoje são os jovens os mais atingidos. Há quem fale em uma endemia ideológica, criada a partir das cepas de um vírus cultivado em São Bernardo do Campo. Ainda não existe vacina ou tratamento preventivo para esse “Stedilis albicans”.

Com o tempo, o processo lógico-metabólico da vítima vai-se acelerando, as palavras saem com veemência daquela caixinha de pensamentos, o humor perde substância e começam os delírios de grandeza e um visível rancor. Começam a sonhar com os prodígios das civilizações originárias e a danarem-se com a riqueza — dos outros. Este é um estágio avançado da “síndrome de Gramsci” ou “transtorno, para alguns, distúrbios, de Paulo Freyre”, quando os sintomas aparentes refletem numerosas causas concorrentes.

O capitalismo, como o fascismo, surgem no escrutínio das avaliações desses graves padecimentos, como a causa originária de toda a desgraça humana. O quadro clínico-ideológico se agrava quando o paciente demonstra em frases mal-articuladas que ele tem a revelação de como trazer para a terra a paz e a felicidade do Paraíso — sem a serpente e sem a maçã. E sem a presença de Jeová.

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor, escritor e ex-reitor da UFC

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Uma resposta

  1. A “serpente”como indutora do “pecado” a maçã como fruta desejável, Jeová como “salvador da Pátria” trilogia do quadro “clínico” de ums “religião” e sua legião de seguidores sem conseguir chegar a Apoteose de salvação do País das Bananas e haja bacanas na platéia…Claumir Rocha

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