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“J.Borges, um artista de Escol”

Professor João Teles. Foto: Reprodução

“Ele era um professor de escol, na arte popular, aquela que retrata, que fala os sentimentos do povo”, aponta o professor e historiador João Teles. Confira:

O grade artista do Nordeste, cidadão do mundo, J. Borges, morreu na manhã da sexta-feira (26), aos 88 anos, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco”, narrou o G1. Borges era um desses mestres que a gente vê, em algum lugar, e fica admirando de longe, como se fosse um herói. Ele era um professor de escol, na arte popular, aquela que retrata, que fala os sentimentos do povo.

Segundo a matéria, já citada, J. Borges morreu “onde ele nasceu e viveu toda sua vida.” Olha aí o apego dele, ao torrão natal, à terra de onde ele catou a terra que tinha nos pés, no coração e na mente. Segue o texto, do portal global: “Segundo familiares, o pernambucano foi internado, há duas semanas, por problemas no pulmão e coração, mas recebeu alta e morreu em casa, por volta das 6h.” Como se diz no interior, morreu como um passarinho; morreu, como viveu, de forma singela, sem dar trabalho, sem aperrear ninguém. Segundo o texto jornalístico, o “velório do artista começou por volta das 13h., no Centro de Artesanato, que fica localizado no município de Bezerros.” Ou seja, o corpo ficou ao lado das artes ou das ideias que dela falam. Foi assim que o artista viveu, produzindo, fazendo acontecer sua maneira de ver o mundo, com sua arte, que chegou até ao Papa, levada por Lula e Janja. Sobre isso, disse Lula, nas redes sociais: “(…) Fiquei muito feliz, por poder levar sua arte, até o Papa. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores, desse grande artista do nosso País.”

Que a escola de vida de J. Borges fique entre nós, por muito tempo, através de seus vários discípulos, como Marco Haurélio, poeta, cordelista e pesquisador baiano, que é um autêntico admirador do velho Borges, que todos nós admiramos.

Vá em paz, mestre. Leve pra Deus suas ideias de ouro, para que o Senhor possa tirar proveito, de sua obra tão significativa que foi, para esse recanto do País. Por aqui, que sua obra se espalhe pelas escolas, museus, sindicatos, entidades de classe, clínicas médicas, pinacotecas, etc. Que sua obra seja o link, dela com tantas outras e com tantos temas, debatidos na academia ou fora dela. Que sua obra não morra nunca. É isso que queremos que aconteça, nessa terra que, muitas vezes, esquece os seus mais destacados fenômenos e personas!

João Teles de Aguiar é professor, historiador e integrante do Projeto Confraria de Leitura

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