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“Crise na Santa Casa de Fortaleza: causas e consequências”

Vladimir Spinelli é o provedor-geral da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. Foto: Reprodução

Com o título “Crise na Santa Casa de Forteleza: causas e consequências”, eis artigo de Vladimir Spinelli Chagas, provedor-geral da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. Ele volta a cobra reajuste da tabela do SUS.

Confira:


Salvando vidas desde 1861, nesses anos todos a Santa Casa de Fortaleza tem enfrentado condições adversas, em que precisou se reinventar para retomar sua brilhante trajetória de berço da medicina cearense. De fato, olhando os seus assentamentos vê-se que muitas vezes esteve em dificuldades financeiras de elevada monta, dada a sua natureza de um hospital de caridade, sempre disposto ao atendimento humanitário.

Neste momento, a crise por que passa vem do fato de que a tabela SUS, que remunera os serviços de saúde, alcança um elevado nível de desajuste com a realidade, com procedimentos de média complexidade sendo deficitários em mais de 200% dos valores.

Assim, na realidade a Santa Casa de Fortaleza precisa atualmente captar recursos de doações, emendas e outras formas para conseguir compensar os custos desses procedimentos, que geram um déficit mensal atual de R$ 3,0 milhões e que, no correr dos anos, transformou-se em uma dívida importante, a
lhe criar severos obstáculos.

Dentre os obstáculos, presentemente estão fechados mais de dois terços dos seus leitos e vêm sendo realizadas menos de 10% das cirurgias que suacapacidade permite, provocando um aumento nas filas dos pacientes SUS, mercê de paralisação de algumas categorias por atrasos de pagamentos.

Um leque de ações que tiram a Santa Casa desse momento já foi apresentado aos governantes, a parlamentares e a empresários, constituindo possibilidades que não sobrecarregam o poder público e são plenamente justificáveis por toda a história dessa instituição.

Essas opções começaram a ser discutidas, mas é preciso que a sociedade cearense, especialmente os pacientes SUS também exerçam seu poder no sentido de que o assunto mereça rápida solução.

A Santa Casa não pede para si, mas para uma população que precisa urgentemente de atendimento médico e, ao contrário, vem ampliando as filas de espera já tão imensas, criando a angustiante incerteza que pode significar a preservação de uma vida.

*Vladimir Spinelli Chagas

Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza e vice-presidente da Academia Cearense de Administração (ACAD).

vladi.spinelli@gmail.com

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