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“Os pobres e a herética teologia da libertação”

Barros Alves é jornalista e poeta

“Essa atitude de Judas, que de início pode ter parecido um ato de solidariedade, de grandeza,  de elogiável magnanimidade, em pouco tempo desvendou-se como sendo a atitude de um hipócrita e traidor”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves.

Confira:

Vejamos quão hipócrita é a Teologia da Libertação,  que em pouco ou nada se coaduna com  a essência e o espírito dos Sagrados Evangelhos, a parte neotestamentária da Revelação de Deus aos homens, contida nas Sagradas Escrituras judaico-cristãs. As Escrituras que compõem a Bíblia dão fundamento à doutrina cristã. O Cristianismo, sustentáculo da Igreja “Mater et Magistra” ensina ao longo dos séculos a imprescindibilidade do cuidado com os pobres, os desvalidos, os abandonados etc. PORÉM, os pobres não podem jamais tomarem o lugar de Jesus Cristo, o Salvador, no contexto histórico-social da humanidade. Portanto, essa coisa de “opção preferencial pelos pobres” não passa de uma enganação, uma farsa, um engodo de feição ideológica marxista, com o fito de  ludibriar desinformados. Deus fez-se homem em Jesus, o Cristo, o Messias, para salvar a TODO AQUELE QUE ELE CRÊ. Esse negócio de “preferencial” já sinaliza uma exclusão que não existe no coração de Deus. Mas, lembre-se e repita-se à saciedade, a inclusão para a salvação requer conversão. A misericórdia tem uma exigência: “Vais e NÃO PEQUES MAIS.”. Não há conversão sem mudança de atitudes em face da vida.

Há um texto no Evangelho de São João, o escritor mais consciente da divindade de Jesus Cristo, em que está bem clara a distância entre a adoração ao Cristo de Deus e o cuidado dos pobres. Ali o limite está posto de forma insofismável, sem a necessidade de malabarismos hermenêuticos para a perfeita compreensão da mensagem. Por necessário, transcrevo o que está escrito no capítulo 12, versículos 1 a 8, do Evangelho de São João, na maioria das traduções, subordinado à paráfrase: JESUS É UNGIDO EM BETÂNIA. 

Eis o relato: “Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele tinha ressuscitado dentre os mortos.

Prepararam-lhe, ali, uma ceia. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus.

Então Maria, pegando um frasco de perfume de nardo puro, muito precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E toda a casa se encheu com o cheiro do perfume.

Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que estava para trair Jesus, disse:

— Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e o valor não foi dado aos pobres?

Ele disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela.

Mas Jesus disse: — Deixe-a! Que ela guarde isto para o dia do meu sepultamento. Porque os pobres estão sempre com vocês, mas a mim vocês nem sempre terão.”

O evangelista deixou claro o que de fato importa para o verdadeiro cristão. Exemplo singular: os pobres jamais podem ser colocados no lugar do Cristo da nossa devoção  e da nossa adoração.  Quem assim age, mesmo sendo o mais acreditado membro da hierarquia da Igreja, está cometendo erro teológico crasso, senão pecado mortal. Aliás, agiu conforme o espírito do Evangelho, a Sagrada Congregação (hoje dita Dicastério) para da Doutrina da Fé quando definiu como herética a Teologia da Libertação. A TdL é, sem dúvida, a “fumaça de Satanás” que entrou pelas frestas da Igreja, consoante admoestação profética de São Paulo VI, papa.

Por outro lado, urge observar que o discípulo que era encarregado das finanças do grupo, segundo o texto bíblico acima transcrito, o tesoureiro por assim dizer, Judas, demonstrou pressurosa preocupação com os pobres. Essa atitude de Judas, que de início pode ter parecido um ato de solidariedade, de grandeza,  de elogiável magnanimidade, em pouco tempo desvendou-se como sendo a atitude de um hipócrita e traidor. Como bem deixa límpido o evangelista São João, o seu companheiro Judas agiu daquela forma, “não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela.”

Não sejamos ingênuos e nem nos enganemos os discípulos do Cristo hoje. A Igreja (católica e  evangélicas em suas miríades de denominações) está cheia de defensores dos pobres que não passam de Judas, hipócritas, traidores. Vendem piedosamente um discurso que não praticam. Sepulcros caiados, raça de víboras.

Barros Alves é jornalista e poeta

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