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“Abuso de poder”

Fátima Vilanova é Doutora em Sociologia. Foto: Arquivo Pessoal

“O que os políticos desejam ao vencerem as eleições? O poder, para lotear a máquina pública”, aponta a socióloga Fátima Vilanova.

Confira:

A busca de poder pelos políticos deveria ser para servir à população e não para servir-se. O que se observa, infelizmente, é que político tem poder demais, mordomia demais, privilégios, pouco compromisso com a equidade, transparência, dignidade, e sensatez. Tudo começa nas eleições, em que acontece uma verdadeira guerra entre os candidatos, cada um tentando destruir o adversário, mas não para servir mais e melhor à população. Os militantes seguem o mesmo roteiro de agressões, sem se dar conta de que são usados pelos candidatos, em disputa. É triste.

O que os políticos desejam ao vencerem as eleições? O poder, para lotear a máquina pública, para gerir os recursos dos contribuintes de forma perdulária, para dizer o mínimo, dirigirem licitações sem transparência, beneficiando amigos, correligionários, e de forma fraudulenta, muitas vezes, visando fazer caixa dois para as próximas eleições.

O desprezo com o contribuinte, com o eleitor, é total. A política é vista como emprego pelos detentores de mandato, para elevação do patrimônio pessoal, e para influir nas instituições de prestígio, como tribunais, Ministério Público, agências reguladoras, estatais, universidades, pela indicação de amigos para compô-las, que terão como atribuições fiscalizá-los, e/ou de defender os interesses da sociedade, numa total incompatibilidade de objetivos.

A população assiste aos desmandos sem entender, diante de tanto abuso de poder, arbítrio, conferido por leis, que precisam ser revogadas, para eliminação de todos os vícios da política. Os tribunais e Ministério Público devem ser integrados por profissionais de direito, aprovados em concurso público, mediante provas e títulos; as agências reguladoras, igualmente, por profissionais concursados na respectiva área de atuação, e as estatais, por servidores de carreira. As universidades, dirigidas pelo mais votado, eleito nas consultas universitárias. É o justo, o razoável, o ético, o democrático.

Um presidente da República faria história no Brasil se enviasse ao Congresso Nacional, mudanças nessas leis, para impedir a ingerência de políticos sobre as instituições, democratizando o acesso a todas elas, mediante concurso público de provas e títulos. Os parlamentares também seriam distinguidos, garantindo o número suficiente de parlamentares para aprovação das modificações propostas.

A farra das indicações políticas, finalmente, estaria banida do Brasil, e a democracia, fortalecida.

Fátima Vilanova é doutora em Sociologia (você pode me acompanhar no YouTube, perfil: @fatimavilanova6810. Veja o programa Democracia Radical)

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Respostas de 4

  1. Como sempre!
    Os artigos da Prof.Fátima Vilanova
    Enriquecem o debate e a reflexão
    do pensar na sociedade!
    Acorda!👏👏👏👏👏

    1. Obrigada pelo estímulo! A sociedade precisa fiscalizar todos os políticos. Abraço.

  2. Infelizmente essa é a nossa realidade, na esfera política estamos cercados de abusos de toda ordem. Um cenário vergonhoso onde a corrupção se apresenta escancarada, gerando em nós indignações. Somos mal representados, promessas de campanhas não se realizam, candidatos eleitos sedentos pelo poder e ganância esquecem facilmente das promessas de campanhas. Esquemas são montados para enriquecimento, interesses e benefícios pessoais, enquanto a população continua mendigando. Lamento constatar minha total descrença por mudanças mais dignas e justas que possam acender nossas esperanças por um mundo melhor. Abraço.

    1. O caminho para as mudanças é a fiscalização de todos os políticos. Descumpriu os compromissos de campanha? Não vote nele, nunca mais. A discussão sobre as mudanças deve partir da sociedade. Obrigada pelo comentário. Muito bom! abraço.

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