“Os grupos políticos negacionistas andam na contramão”, aponta o professor e historiador João Teles de Aguiar
Confira:
O que é defender a vida? É defendê-la sempre e em quaisquer circunstâncias. Quem é do meio, da luta incansável pela vida, não nega-se a estar sempre a serviço do bem maior. Nesse contexto, a ida ao médico e aos postos de vacinação é do jogo.
Por que negar-se aos fatos, à Ciência, ao ensino, aos professores, se são eles que mudam o Mundo?
A vida precisar ser defendida, sempre: na fila da padaria, do banco, na praia, no estádio…
Terá coisa mais triste, que ver torcidas organizadas de times de futebol, se engalfinhando? Ora, se vai ao estádio, pra se divertir, encontrar/reencontrar amigos, por que brigar?
Os grupos políticos negacionistas andam na contramão. Rechaçam teses, criam falsas narrativas, mentem no atacado, tudo no intuito de não fazer o óbvio: defender a dádiva da vida.
Pássaros em geral, defendem suas vidas e a dos seus; o joão-de-barro, em especial, se faz engenheiro civil, para construir belas casas e rodear os filhotes (e a si próprio) de proteção e amor; que modelo de vida, que exemplo.
Há um vídeo na Net, de uma senhora negra, da periferia, partindo pra cima da truculência policial, pra dizer: – Não toquem nele, ele é sangue do meu sangue. Ele é meu filho. Deixem-no viver!
Essa, sim, é a defesa do bem mais importante que tempos.
Razões não faltam, para ir ao médico e correr atrás de informações úteis, para se chegar em casa e nos alimentar melhor, beber muita água e cuidar do corpo. E esse trabalho é diuturno; é para sempre. Há sempre uma segunda chance, de sair em defesa em uma criança, de um enfermo ou de um idoso, que tem sede de vida. Então, por que não se tornar militante de uma causa tão nobre e tão necessária?
Se partirmos para o observação dos pequenos peixes, não é diferente; entre eles também as ações de maternidade são lindas. Desde a procura por migalhas, para a alimentação, como a defesa da vida dos pequenos, principalmente, ao redor dos grandes cardumes; a defesa de direito de viver sempre será uma empreitada providencial e necessária. Portanto, vida que segue!
João Teles de Aguiar é professor, historiador e integrante do Projeto Confraria de Leitura