“Não é sobre as Mulheres. É sobre Mérito”

Ernesto Antunes, consultor de empresas. Foto - Arquivo Pessoal

Com o título “Não é sobre as Mulheres. É sobre Mérito”,eis artigo de Ernesto Antunes, consultor Empresarial e autor do livro “Empreendedorismo: Causos e Cases de Sucesso”. Ele aborda a indicação de Onélia Santana para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Confira:

Sou apaixonado pelas mulheres, desde a convivência que tive com a minha saudosa mãe e, atualmente, com a minha esposa e filha, onde tenho certeza de que sem a presença dessas mentes brilhantes, não seria a mesma pessoa que sou hoje.

Minhas grandes heroínas ou pessoas que nutro forte admiração, são mulheres fortes, engajadas e competentes no que se propuseram a fazer, ou deixaram legados na história, como a Madre Teresa de Calcutá, com seu trabalho
humanitário, Irmã Dulce, por suas caridades aos necessitados, e Maria da Penha, pela sua luta contra o feminicídio, através da sua intitulada lei. Também tenho grande admiração por mulheres que deixaram ou deixam ensinamentos na política, arte e na cultura, como a mão de ferro, Margareth Thatcher, a atriz Fernanda Montenegro, que não entra em polêmicas feministas, ou a minha escritora favorita, Martha Medeiros, que deveria ser lida por homens e mulheres com cabeças boas e arejadas. Ela afirma no seu livro intitulado “Simples Assim”, que essa “guerra de sexo”, só existe em pessoas que querem esse confronto desnecessário.

Baseada nessa premissa, leio uma manchete no Jornal O POVO, do dia 11 de dezembro, onde a nossa vice-governadora, Jade Romero, diz que “a resistência contra o nome da Onélia Santana para o cargo de conselheira do TCE é porque ela é mulher”.

No contexto geral, não identifico isso como o fator preponderante da resistência, pois nós, cidadãos, queremos um debate maior nas escolhas e aprofundamento certo, para as indicações de importantes cargos públicos, onde o fator preponderante deve ser a meritocracia, independentemente de serem mulheres ou homens, pois esses indicados serão nossos representantes nesses cargos públicos de forma vitalícia.

Temos exemplos, em que algumas escolhas para cargos eletivos, que transcendem as questões de gênero, e para falar a verdade, em pleno século XXI, já não deveríamos levar em consideração esse tipo de questionamento,
pois vivemos em um país com grande diversidade de pessoas, onde essas relações já estão se acomodando e a mulher se empoderou pela sua competência e atuação eficaz, como também, pelo mérito de ser a pessoa certa no lugar certo.

Atuando no ambiente empresarial, concluo que o empoderamento feminino é uma grande realidade, pois grandes e renomadas empresas do cenário local são comandadas por mulheres como a Cerbras, Prontoclínica de Fortaleza e Idibra, para citar algumas empresas de sucesso. Até no futebol, temos um exemplo local, mesmo sendo um ambiente predominantemente masculino, de uma mulher presidente do clube Atlético Cearense, em que a Sra. Maria Vieira fez história, não por ser do sexo feminino, mas por sua competência e mérito comprovado e atestado. Como diz o campeoníssimo CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, chegar ao topo é desafiador, o difícil é se manter lá.

Portanto, como dizia a minha saudosa mãe “Quem tem brilho próprio, não precisa usar o brilho dos outros”.

*Ernesto Antunes

Consultor Empresarial e Autor do Livro Empreendedorismo: Causos e Cases de Sucesso.

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Uma resposta

  1. Isso mesmo. Precisamos enxergar a mulher por completo e não apenas pela indicação

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