O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Barbalha (Região do Cariri), instaurou um inquérito civil para cobrar explicações à Azul Linhas Aéreas sobre cancelamentos de voos diretos entre Juazeiro do Norte e Fortaleza. A empresa anunciou, através de comunicado à imprensa, que agora os voos passarão por ligação na cidade de Campinas (SP).
No inquérito, o MPCE requisitou informações sobre quantidade de voos diretos entre Juazeiro do Norte e Fortaleza, bem como entre Recife e Petrolina, durante o ano de 2024; quantidade de passageiros que já compraram as passagens de forma antecipada para o período em que houve a alteração da rota e lucro obtido com as rotas.
O MPCE quer uma solução de forma negociável. Contudo, caso sejam comprovadas irregularidades e abusividade na conduta da empresa e desequilíbrio das relações de consumo, será proposta ação coletiva consumerista.
“Toda empresa tem responsabilidade para com possíveis excessos. A Azul cancelou a rota de voo direto, mesmo já tendo ofertado os referidos trechos para a venda, ou seja, a Azul vendeu e depois alterou o trajeto para um percurso extremamente mais dispendioso para parte de seus consumidores. Também nos chama a atenção que voos similares são mantidos pela empresa. E mesmo considerando que o aeroporto de Juazeiro do Norte, por exemplo, tem fluxo superior ao aeroporto de Petrolina, a Azul manteve o voo direto entre Petrolina e Recife e cancelou o voo direto entre Juazeiro do Norte e Fortaleza”, observa o promotor de Justiça Rafael Couto Vieira.