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“O parlamento cearense e as artes”

Barros Alves é jornalista e poeta

“A realização de festivais de música constitui uma pauta a ser realizada com ênfase e vigor, pois não tenho dúvida de que oxigenará as relações entre a Casa do Povo e o povo”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves

Confira:

Na semana passada abordei neste espaço alguns aspectos do discurso do deputado Romeu Aldigueri, pronunciado ao assumir a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará. Ressaltei o compromisso do parlamentar com o estímulo às artes (literatura, música, dança, teatro, artes plásticas etc) e a consequente valorização dos produtores de arte em nosso Ceará, por agora um tanto cambaleante em termos de apoio oficial os artistas cearenses, apesar de alguns institutos de Cultura receberem preciosos volumes de recursos para incentivar a produção cultural entre nós. Além da existência das secretarias e fundações culturais no corpo da estrutura administrativa do governo do Estado e das administrações municipais.

De logo, por oportuno, sugiro ao presidente Romeu Aldigueri que retome projetos e programas de estímulo às artes, anteriormente levados a termo com sucesso na Assembleia Legislativa, mas que inexplicavelmente não receberam a continuidade saudável para o relacionamento do Poder Legislativo com importantes segmentos da sociedade cearense. A realização de festivais de música constitui uma pauta a ser realizada com ênfase e vigor, pois não tenho dúvida de que oxigenará as relações entre a Casa do Povo e o povo. Diz-se que Deus fala com maior precisão ao coração das pessoas por intermédio da música. Sabe-se que a música aliada ao humor é o melhor remédio para a cura de drogaditos.

De igual modo, a Assembleia Legislativa, onde já se assentaram importantes literatos cearenses como Antônio Sales, Quintino Cunha, Renato Braga, João Octávio Lobo, Blanchard Girão e tantos outros, não deve descuidar do apoio à arte literária, editando livros de clássicos da literatura e da historiografia cearense, assim como novos escritores, sem abstrair jamais a qualidade necessária da obra. A Assembleia se desfez de um pequeno parque gráfico, passando a publicizar obras apenas no modo virtual, o que considero um equívoco. Além do livro virtual não agradar à maioria dos leitores, sabe-se que países que adotaram essa modalidade de editoração, como países escandinavos, voltaram atrás, pois pesquisas indicaram a diminuição da absorção de conhecimentos por meio da virtualidade bibliográfica.

Quanto às artes plásticas, temos no próprio edifício-sede da Assembleia Legislativa um ambiente propício para tal, em especial a pintura. As construções da arquitetura moderna são normalmente grandes caixões de concreto armado, por fora desagradáveis ao olhar, por dentro insalubres. O edifício da Assembleia é um desses monstrengos de pedra. Porém, é um limão com o qual pode-se fazer deliciosa limonada, para usar a expressão popular. A placa de concreto no lado leste do prédio pode se transformar em um imenso painel de arte com motivos cearenses ou reprodução de obras de nomes como Vicente Leite, Estrigas, Chico da Silva, Aldemir Martins, Hélio Rola e outros. No interior do edifício o que não faltam são paredes nuas que cansam o olhar e que podem se transformar numa festa para os olhos e para a sensibilidade dos visitantes. Enfim, esperamos que a fala do presidente Aldigueri se torne realidade, para gáudio não apenas dos artistas, mas de todos os cearenses.

Barros Alves é jornalista e poeta

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Uma resposta

  1. Sao necessários esforços concentrado para que A LEGÍTIMA CULTURA CEARENSE REAJA estamos relegados as baixarias da ANTICULTITA E DA CONTRA CULTURA que pra nada servem SOMENTE encher bolsos sombrios. Cgmidia

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