A auditora do Trabalho e advogada cearense Nanci Lourenço Soares, 77, morreu em decorrência de um câncer, no domingo (23), no Recife, onde morava desde 1985, após ser convocada pelo concurso federal, oito anos depois da aprovação, quando então beneficiada pela Lei da Anistia.
Militante contra a ditadura militar, Nanci Soares foi presa em São Paulo, em 1970, no governo do general Médici, quando cumpriu nove meses de detenção na Penitenciária Tiradentes. Na militância, ela conheceu o marido, o sociólogo José Arlindo Soares, com quem teve três filhos.
Nanci Soares foi a primeira mulher a dirigir uma entidade estadual estudantil, quando presidiu o Centro de Estudantes Secundaristas do Ceará.
Na função de auditora, ela se destacou no combate ao trabalho escravo infantil, nas usinas de açúcar da Zona da Mata pernambucana.
Uma resposta
Obrigado Eliomar, convivi com você na início de sua brilhante carreira em plans ditadura militar