Com o título “A situação das escolas municipais”, eis artigo de João Teles, professor, historiador e integrante do Projeto Confraria da Leitura. Ele lamenta a sitjuação de escolas municipais que vivem dificuldades sempre no início do ano letivo, porque falta manutenção.
Confira:
O Sindicato Sindiute (professores) denuncia a situação, de momento, das escolas públicas municipais: “(…) vídeos que revelam o descaso, com as escolas da rede municipal.”, diz, em nota (Instagram). E afirma mais: “Infiltrações, rede elétrica exposta, quadro soltando, da parede… situações que colocam em risco a vida da comunidade escolar!” E agora, Prefeitura? Algo a dizer sobre essa situação alarmante? Como estão as obras nessas Unidades Escolares, se é que já se iniciaram?
O coletivo de professores orienta e aponta rumos: “Se a sua escola estiver enfrentando problemas, como esses, nos envie um vídeo (…)”
O que falta, então? A revolta da comunidade escola? Uma greve, o que incomoda a todos e traz sérios problemas e prejuízos para alunos e familiares? Por que será que a situação da Educação Pública tem que ser sempre essa… de eterno pires na mão?
Entra e sai prefeito e nada muda.
Segundo (ainda) o sindicato dos professores, conduzidos por Ana Cristina Guilherme, o Sindiute “está acompanhando de perto a situação da rede de ensino municipal e já encaminhou para a SME as denúncias sobre os problemas enfrentados pela comunidade escolar.”
Portanto, alô, prefeito e secretário da Educação, Idilvan Alencar, mãos à obra.
Perceba que este articulista grafou a palavra “Educação”, com maiúsculo, para lembrar a todos nós da importância do setor para a sociedade. A escola precisa ser melhor tratada e isso, claro, não representa nenhum favor. Trata-se de um pilar constitucional.
A sociedade precisa exigir o fim dessa situação vexatória pela qual passa a escola o ano todo, mas, principalmente, no início de cada quadra invernosa. Não era para haver manutenção nessas unidades o tempo todo, durante o ano inteiro? Isso é básico, senhores!
Nós, professores, estamos cansados desse cenário que, como lembramos aqui, vem de muito longe. A comunidade escolar não pode mais, conviver com tanto descaso com escolas que, muitas vezes, nem banheiro ou pia, tem. A mídia tem mostrado, tem apontado rumos, tem debatido os problemas que deveriam nos incomodar mais e até nos envergonhar.
A área da Educação, que recebe e cuida dos filhos dos trabalhadores e de demais pessoas de parcos recursos e de situação periclitante nos aspectos sociais de desemprego, subemprego, moradias, etc., não pode ser fadada a ter que enfrentar isso tudo de modo ad eternum!
*João Teles de Aguiar,
Pofessor, historiador e integrante do Projeto Confraria de Leitura.