“Tetraplégico, (Marcelo Paiva) não se recolheu, e deu forma e cores ao drama do desaparecimento do seu pai”, aponta o escritor e empresário João Soares Neto
Confira:
Hoje, 2 de março de 2025, há no Brasil um frisson midiático acerca do resultado do “Oscar” desta noite.
Caso aconteça para o filme “Ainda estou aqui” há muitos ganhadores. O maior de todos é Marcelo Rubens Paiva. Foi ele ao escrever o livro “Ainda estou aqui”, publicado em 2015, quem deu o start em toda essa história.
Tetraplégico, não se recolheu, e deu forma e cores ao drama do desaparecimento do seu pai, Rubens Paiva, e a ode vivida por sua mãe, Eunice Paiva, ao comandar sozinha uma família de pai desaparecido. Ela é a segunda pessoa mais importante.
Hoje, morta por Alzheimer, não saberá do resultado da disputa de melhor filme e de melhor atriz, tendo-a como referência maior do drama.
Em paralelo, Fernanda Torres, artista de muita fita e palco, encarnou a mãe altiva e gloriosa.
Já não falo de diretor, financiador e divulgadores. Será coletiva e, acima de tudo, reacende, para o mundo, o acontecido no regime militar brasileiro de 1964.
Esperemos.
João Soares Neto é escritor e empresário