Profissionais de sáude do Instituto Doutor José Frota (não médicos) iniciaram, nessa noite de quarta-feira, uma série de protestos contra a Prefeitura de Fortaleza.
Eles decidiram paralisar, por 30 minutos, o que vai ocorrer nos três períodos do expediente, até que a gestão municipal anuncie um novo percentual de reajuste salarial que, na avaliação do segmento, seja justo.
Sem data-base
O prefeito Evandro Leitão (PT), por meio das pastas do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog) e Secretaria de Finanças (Sefin), em ruenião com representantes dos servidores, anunciou um aumento de 4,83%, mas a ser pago parcelado e não retroativo à data-base da categoria, que é janeiro.
A categoria quer, pelo menos, o que a Prefeitura assegurou para segmentos como os professores, que receberam reajuste do piso salarial de 6,27%. Há
cobrança ainda por revisão do plano de cargos, carreiras esaláriso de outros segmentos.
Sem reposição integral da inflação
A direção dos movimentos sindicais de Fortaleza (Fersep For e União Sindical) afirmou por meio de nota que a proposta da gestão foi pior que a menor expectativa do funcionalismo público de Fortaleza.
“Nem mesmo reposição integral da inflação foi apresentada e na própria mesa de negociação prontamente rechaçada pela representação sindical”, disse a nota.
Assembleia geral
Uma assembleia geral extraordinária (AGE) está agendada para esta sexta-feira (14), a partir das 9 horas, em frente ao Paço Municipal.
Confira as reivindicações do movimento sindical em Fortaleza:
1) O reajuste geral, originalmente composto por uma cesta da recomposição salarial de 4,52% do ano de 2020, não concedida em 2021, mais 3,0% referente ao aumento da contribuição previdenciária advinda da reforma da Previdência mais o percentual consolidado da inflação de 2024, 4,83% (IPCA), e alcançaria 12,84%, teve a sensibilidade dos trabalhadores que aceitam um reajuste geral do funcionalismo municipal com o mesmo índice concedido aos profissionais da educação, ou seja, 6,27%, com retroatividade aos salários pagos em janeiro de 2025, data-base da categoria.
2) Calendário para construção de um plano de reestruturação dos PCCSs e negociação com o conjunto das categorias;
3) Cobrança previdenciária dos aposentados e pensionistas a partir do entendimento da maioria dos ministros do STF, tendo como base o teto do INSS;
4) Realização de concursos públicos;
5) Fim das cotas do IPM Saúde;
6) Reajuste do auxílio refeição para R$ 20,00 e fim do teto do mesmo;
7) Cumprimento dos pisos salariais;
8) Extensão do auxílio refeição para servidores com carga horária de 30 horas semanais e para todos que tenham direito à redução da jornada garantido pelo Estatuto do Servidor;
9) Mudança do regime jurídico dos trabalhadores/trabalhadoras da Fagifor para o regime jurídico próprio da prefeitura de Fortaleza;
10) Concessão da licença prêmio em pecúnia para todos os servidores que optem por essa forma;
11) Revogação do decreto que impede a liberação dos dirigentes sindicais.