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Museu da Fotografia festeja 8 anos com exposição do italiano Tommaso Protti

Exposição abre às 10 horas deste sábado. Foto: Divulgação

O Museu da Fotografia Fortaleza (MFF) está em clima de comemorações pelos seus oito anos de atividades. Foi criado em 10 de março de 2017 com a missão de democratizar o acesso à fotografia e compartilhar um dos maiores acervos do país, a Coleção Paula e Silvio Frota.

Para comemorar essa data, o equipamento apresenta a exposição “Terra Vermelha”, do fotojornalista italiano Tommaso Protti, com o apoio da Fundação francesa Carmignac. A abertura, sem cobrança de ingressos, será neste sábado, a partir das 10 horas.

Exposição

“Terra Vermelha” é uma obra de fotografia documental que reflete uma década de jornalismo investigativo de Tommaso Protti, percorrendo os nove estados da Amazônia Legal. A mostra apresenta um retrato realista da floresta, sem idealizações, por meio de 94 fotos que revelam a Amazônia contemporânea, evidenciando as violações diárias dos direitos humanos, histórias de resistência e a complexidade de um território em constante disputa.

O título faz referência ao solo vermelho típico da região, mas também simboliza a violência presente na exploração de recursos naturais, no desmatamento e nos inúmeros conflitos sociais locais. “Longe da ideia de um paraíso intocado, a Amazônia contemporânea padece de questões históricas, como o garimpo ilegal, grilagem, tráfico de drogas e crimes ambientais. Além disso, enfrenta o crescimento rápido de periferias e favelas desassistidas, com saneamento precário, falta de acesso à saúde, moradia inadequada, desemprego e violência urbana”, denuncia Tommaso Protti.

A série apresenta fotografias que abordam diversos contextos políticos, desde áreas rurais devastadas pelo desmatamento e marcadas por conflitos entre pecuaristas, camponeses sem terra e ativistas ambientais, até cenas urbanas de operações policiais em favelas, evidenciando a escalada da violência ligada ao tráfico de drogas. Outras imagens mostram o crescimento da religião evangélica e os impactos devastadores da pandemia de COVID-19.

O público de Fortaleza também terá a oportunidade de ver imagens do garimpo ilegal, da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, das operações das forças especiais e dos impactos do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.

Tommazo Protti

Tommaso Protti, nascido em 1986, é um renomado fotógrafo e jornalista italiano que vive em São Paulo. Sua trajetória na fotografia começou em 2011, quando já era graduado em Ciência Política e Relações Internacionais, em Roma. Desde então, ele tem se destacado pelo trabalho que aborda temáticas como conflitos, violência, meio ambiente e desigualdade social.

Sua obra é amplamente reconhecida e já ocupou espaços como a Saatchi Gallery, de Londres, a Maison Européenne de la Photographie, em Paris, o Museu Mattatoio, em Roma, e o Museu Benaki, em Atenas. Também teve publicações em veículos de destaque, como The New Yorker, The New York Times, Time Magazine, National Geographic, Washington Post, Geo Magazine, Newsweek, Internazionale, Der Spiegel e The Guardian.

Em 2019, foi agraciado com o Prêmio Carmignac de Fotojornalismo, além de ter recebido honrarias de organizações renomadas, como a Picture of the Year International, American Photography, Getty Images Reportage Grant e World Report Award.

Atualmente, Tommaso é colaborador regular do The Wall Street Journal e do Le Monde, além de trabalhar em parceria com organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas (ONU).

SERVIÇO

*Museu da Fotografia Fortaleza – Rua Frederico Borges, 545, Varjota.

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