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“A Influência da Mídia sobre as Pessoas”

Irapuan Diniz de Aguiar é advogado.

Com o título ” A Influência da Mídia sobre as Pessoas”, eis mais um artigo de Irapuan Diniz de Aguiar, advogado e professor. “Na atualidade, a violência e a insegurança pública são os assuntos que, quase exclusivamente, têm ocupado os espaços dos jornais, rádio e televisão. A cada dia o noticiário se restringe a exibição de dados nada alentadores sobre as ocorrências, além da exacerbação das mais variadas formas de violência e do medo delas decorrentes, intranquilizando a vida de uma sociedade angustiada e indefesa”, expõe o articulista.

Confira:

Nos últimos tempos tem se intensificado o poder da mídia sobre as pessoas, seja a falada, escrita, televisada ou até aquelas repercutidas nos meios virtuais, influenciando nos seus
comportamentos em sociedade. Assim é que, impulsionados pela massiva difusão nos veículos de comunicação, principalmente dentre as classes sociais de menor poder econômico, o poder da
mídia ficou ainda maior. É visível esta influência especialmente em relação a parte mais pobre da população uma vez que, na sua maioria, formada por pessoas com pouca instrução, em face do
que acabam tomando como verdade absoluta tudo o que é veiculado, justamente por não possuírem meios ou condições de discordar daquilo que é divulgado.

Muitos fatos transmitidos na TV, não possuem relação com o que efetivamente acontece ou são apresentados de forma distorcida, e isto ocorre simplesmente porque a verdade em vários momentos “não é um bom negócio”, isto é, não vende notícia e não dá ibope, e, por essa razão, passam a ser transmitidos, digamos, de uma forma mais interessante. A influência gerada pela mídia tem atingido patamares tão altos, que tem tornado a questão ainda mais séria e preocupante até por sua abrangência porquanto impõe moda, induz a um consumo desnecessário repercutindo inclusive no mundo jurídico com a elaboração de leis diante de ocorrências episódicas com alguma repercussão na vida das pessoas.

Na atualidade, a violência e a insegurança pública são os assuntos que, quase exclusivamente, têm ocupado os espaços dos jornais, rádio e televisão. A cada dia o noticiário se restringe a exibição de dados nada alentadores sobre as ocorrências, além da exacerbação das mais variadas formas de violência e do medo delas decorrentes, intranquilizando a vida de uma sociedade angustiada e indefesa. Logo cedo, somos despertados com as primeiras más notícias, as quais nos acompanham no café matinal. O fato repete-se por ocasião do almoço e do jantar, completando o cardápio picante de todos os dias. Quando não é a existência de novas cepas de enfermidades, a negligência do país na recepção e aplicação das vacinas, são as informações sobre os desfalques, as fraudes, os desvios éticos e outras formas de corrupção. Tais fatos deixaram, assim, de se constituírem em fenômenos com causas sociológicas, psicológicas e científicas explicáveis nas respectivas áreas, para serem instrumentos de propagação do medo e da desesperança.

O mais grave é que este cenário, objeto de todas as conversas, vem afetando a saúde mental, especialmente, de jovens e adolescentes. Será que não há fatos positivos a se noticiar ou tais fatos não se refletem nos números da audiência? Mais vale a obtenção dos índices apresentados pelos institutos de pesquisa do que a responsabilidade social dos veículos de comunicação? Até quando o econômico irá se sobrepor ao social? Pensem nisso!

*Irapuan Diniz de Aguiar

Advogado e professor.

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