Mais que uma superioridade em campo, o Ceará também mostrou grandeza ao não se aproveitar de um Fortaleza cansado, machucado e rendido em campo, nos minutos finais de partida, quando o Vozão garantiu o bicampeonato estadual, no empate em 1 a 1, na noite deste sábado (22), no Castelão.
O clássico mostrou um segundo tempo emocionante, após um primeira etapa de muita marcação e jogo em sua maior parte no centro do campo.
Responsável pela penalidade que deu a vitória ao Ceará, por 1 a 0, no primeiro jogo da decisão, o argentino Gastón Avila voltou a ser o vilão do Fortaleza, ao ser expulso alguns minutos depois de sua entrada no início do segundo tempo, por falta violenta sobre Fernando Sobral, sem direito ao cartão amarelo.
Mesmo com um jogador a menos em campo, o Fortaleza causou a impressão que havia encontrado a garra dos velhos tempos e abriu o placar aos 14 minutos com Lucas Sasha, ao aproveitar a bola cabeceada por Tinga. O gol somente foi validado pelo VAR, depois que a bandeira catarinense Neuza Inês Back havia acusado indevidamente o impedimento. Neuza Inês tem um histórico de erros de marcações, inclusive em Copa do Mundo, Brasileirão e Campeonato Paulista.
Diferente do gol do Fortaleza, comemorado somente minutos depois, o Ceará quase “colocou abaixo” o Castelão, aos 27 minutos, no gol de empate, em cabeçada de Pedro Raúl.
Além da vantagem numérica em campo e da vantagem do empate, o Vozão também foi beneficiado com a contusão de Renato Kayzer, logo após a sua entrada na partida, ao sentir uma fisgada na coxa. O atleta então passou a andar em campo, diante da substituição dele ter sido a última permitida ao Fortaleza.
O Ceará então começou a tocar a bola e a recuar as jogadas, como forma de deixar o tempo passar. Mesmo assim, ainda botou uma bola na trave, com Guilherme.
O empate, embora tenha dado o título ao Vozão, evitou uma campanha 100% de vitórias. O Ceará somou oito vitórias e um empate, marcou 21 gols e sofreu apenas quatro.
