“Uma agenda para o setor de eventos” – Por Joaquim Cartaxo

Joaquim Cartaxo é o superintendente do Sebrae/CE. Foto: Tapis Rouge

Com o título “Uma agenda para o setor de eventos”, eis artigo de Joaquim Cartaxo, arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae-Ceará. “Viabilizar esta agenda demanda uma governança integrada, com a articulação estratégica entre os setores público, privado e a sociedade, em torno de um projeto contínuo e coordenado de desenvolvimento do setor de eventos como vetor de transformação econômica, social e urbana”, expõe o articulista.

Confira:

Com papel relevante na economia brasileira, ao integrar cadeias produtivas, impulsionar o turismo e gerar emprego e renda, o setor de eventos enfrenta desafios de natureza estrutural, socioeconômica, legal e tecnológica. O primeiro deles é a informalidade, ainda expressiva, dificultando a profissionalização e a qualificação dos trabalhadores envolvidos. Outro ponto de atenção é a sazonalidade. Grandes eventos concentram-se em determinados períodos, o que desmobiliza a força de trabalho, levando os profissionais a buscar opções de ocupação fora do setor.

A ausência de políticas públicas específicas para atração de investimentos, a escassez de equipamentos adequados para receber eventos de maior porte, dificuldades logísticas no transporte de materiais e equipamentos, a oferta insuficiente de hospedagem e a baixa disponibilidade de fornecedores em regiões afastadas das centralidades urbanas são outros fatores que afetam negativamente o mercado de eventos.

Diante deste cenário, é urgente identificar alternativas para reestruturar e fortalecer o segmento. Propõe-se uma agenda com a seguinte pauta: ampliação dos eventos híbridos ou digitais, com maior alcance e interação com o público; o fomento à cultura empreendedora e à inovação; profissionalização dos agentes do setor, a fim de ampliar sua credibilidade junto a investidores; constituição de redes colaborativas nos elos do ecossistema produtivo; o acesso facilitado ao crédito; e a consolidação do turismo de negócios, cultural e científico com foco no desenvolvimento
regional, diversificando a economia local e promovendo ocupação urbana qualificada.

Viabilizar esta agenda demanda uma governança integrada, com a articulação estratégica entre os setores público, privado e a sociedade, em torno de um projeto contínuo e coordenado de desenvolvimento do setor de eventos como vetor de transformação econômica, social e urbana.

*Joaquim Cartaxo

Arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE.

COMPARTILHE:
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias