“Sem um projeto nacional digno desse nome, o governo Lula tem se dedicado, com obstinação, à asfixia da sociedade produtiva. Aumentos sucessivos de impostos e taxas, combinados com uma irresponsabilidade fiscal gritante”, aponta o sociólogo João Arruda
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O Brasil enfrenta a maior e mais grave crise político-diplomática da sua história. O ativismo político do STF, sob a liderança de Alexandre de Moraes, e as constantes provocações irresponsáveis do presidente Lula ao presidente Donald Trump – líder da nação mais poderosa do planeta – tornam o nosso futuro previsível e nada promissor.
Infelizmente, na contramão da história e das expectativas dos brasileiros, o país ocupa as manchetes da mídia internacional não como uma nação em desenvolvimento com potencial para se tornar uma potência mundial no médio prazo, mas pelos conflitos ideológicos travados contra Israel e os Estados Unidos, e por sua histriônica posição antiocidental, em defesa do eixo autoritário formado por Irã, China e Rússia.
Como muito bem denunciou recentemente a CNA, o Brasil tem sido governado, com o apoio tácito do Judiciário, por uma obsessão com o passado. O próprio presidente Lula, que foi “descondenado”, retirado da prisão e eleito por meio de uma chicana jurídica, já explicitou, em diversas ocasiões, que o grande objetivo de sua vida política é se vingar dos adversários que o colocaram na cadeia por comprovados crimes de corrupção. Vingar-se de quem contribuiu para sua prisão transformou-se na principal meta do seu governo.
A nota franca e direta da CNA traduz bem os malefícios do lulopetismo: “Enquanto o Brasil real tenta recuperar sua economia, abrir mercados e gerar empregos, a política nacional insiste em girar em torno de uma pauta estéril, paralisante, marcada por radicalismos ideológicos anacrônicos e antinacionais.”
E tudo neste governo é um grande mar de absurdos. Em trinta meses de mandato, Luiz Inácio Lula da Silva consolidou não apenas uma gestão sem rumo, mas algo ainda mais preocupante: um modelo de governança que flerta com o suicídio político, econômico e diplomático do país. O Brasil, sob sua liderança, parece ter rompido com a lógica da racionalidade moderna e retornado a um estágio pré-civilizatório, com o Palácio do Planalto abrigando, não um estadista, mas um representante do elo perdido entre os Neandertais e o Homo sapiens.
Sem um projeto nacional digno desse nome, o governo Lula tem se dedicado, com obstinação, à asfixia da sociedade produtiva. Aumentos sucessivos de impostos e taxas, combinados com uma irresponsabilidade fiscal gritante, afundam o país num pântano de incertezas e desconfiança. Enquanto o cidadão comum luta para sobreviver à inflação camuflada, ao desemprego e ao sufoco tributário, Brasília se banqueteia em emendas parlamentares, viagens nababescas, conchavos e anacrônicas narrativas ideológicas.
Na política externa, o retrocesso é ainda mais dramático. O Brasil, outrora respeitado em fóruns internacionais como potência diplomática e mediadora de conflitos, hoje se vê isolado e desacreditado, com o nosso presidente se tornado o protótipo internacional de um anão político. A adesão cega ao eixo autocrático formado por Irã, China e Rússia, somada ao inexplicável apoio à agressão russa contra a Ucrânia, revela um reposicionamento geopolítico que desafia o bom senso e os valores democráticos universais.
O antissemitismo velado, manifesto em discursos de apoio ao grupo terrorista Hamas e em comparações infelizes que desqualificam a tragédia do Holocausto, completa o quadro de desatino. A comunidade ocidental assiste perplexa ao espetáculo de um governo que não apenas ignora os direitos humanos e a autodeterminação dos povos, mas que ativamente escolhe se aliar aos regimes mais repressivos do planeta.
Esse comportamento, que desconsidera os princípios elementares da diplomacia, da economia e da governança democrática, segue uma lógica estranha, ou simplesmente a ausência de qualquer lógica. É como se o país estivesse sendo conduzido por um ser em transição evolutiva, ainda não plenamente dotado de razão: um ser que deixou para trás o instinto de sobrevivência dos Neandertais, mas não alcançou a inteligência política e ética do Homo sapiens.
O STF e o governo Lula, com seus populismos arcaicos, suas ideologias anacrônicas e suas alianças com o que há de mais sombrio no cenário nacional e internacional, representam hoje o que talvez venha a ser estudado futuramente como um “fóssil vivo” da irracionalidade política do século XXI.
João Arruda é sociólogo e professor aposentado da UFC
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Excelente artigo feito pelo professor!! Texto vigoroso e implacável, que desnuda com precisão cirúrgica os desatinos de uma gestão marcada pelo revanchismo, pelo retrocesso diplomático e pela corrosão institucional. Uma denúncia eloquente do lulopetismo e de sua aliança tácita com o autoritarismo togado, feita com rara lucidez e coragem intelectual.