Cantor cearense Marcos Lessa homenageia Ba Freyre em novo álbum

O cantor cearense Marcos Lessa lançou o álbum “Tudo pela Música”, quando faz homenagem ao cantor e compositor paraibano José Zilmar de Queiroga Freire, o Ba Freyre, que morreu em janeiro de 2021, aos 68 anos, antes parceiro durante muitos anos do cantor Tom Zé e do cineasta Rosemberg Caryri.

O novo álbum traz uma super faixa-título, samba em metais, onde conta a trajetória nômade do compositor paraibano, em busca de viver a arte, da arte e pela arte.

Marcos Lessa chaga ao seu sexto disco de carreira e já teve álbum produzido por Roberto Menescal e lançado nacionalmente pela Biscoito Fino, “Deslizando na Canção”, de 2019. Além dos discos autorais “Moa” e “Sal” e dos trabalhos dedicados a compositores como Gonzaguinha. E de discos em que passeou pelo repertório de diversos intérpretes, além da participação em inúmeros álbuns coletivos, solidários, projetos especiais, discos de compositores, como “Sonho ou Canção”, do maestro Luciano Franco e do compositor e cantor Dalwton Moura.

Que é Marcos Lessa

Ainda muito jovem e já preparando a celebração de seus 20 anos de carreira, para 2027, Marcos Lessa nasceu em Fortaleza e se descobriu cantor profissional aos 17 anos, sendo seu primeiro show o lançamento de seu disco “Olhares da Vida”, em parceria com Clarissa Araripe, já lotando um teatro na capital cearense.

A voz grave, variando da intensidade ao suave, o carisma, a presença de palco, o suingue, o gosto pela música brasileira em diversas expressões, a herança dos pais – ele músico erudito, violoncelista, ela amante da MPB, poeta e autora de livros infantis – se tornaram características reconhecidas por um público cada vez maior. O clássico “Águas de Março”, na voz da “Pimentinha”, é lembrado como um daqueles momentos decisivos, de epifania, de escolha pela música como caminho de vida, de arte, de labor e de luta.

Em 2010, outro momento decisivo. Trabalhando na lojinha do tradicional Festival Jazz & Blues, em Guaramiranga-CE, surpreendeu o grande violonista e compositor Manassés de Sousa, ao dar canja em um show, sendo convidado a integrar a próxima apresentação, com direito a receber o primeiro cachê. Um momento emblemático, para todo músico.

Músicas de Fagner, Fausto Nilo, Petrúcio Maia, Belchior, Amelinha se misturam ao início da carreira de Marcos Lessa, que em pouco tempo, montou a própria banda. Tito Freitas e Eduardo Holanda, até hoje seu diretor musical, passaram a lhe acompanhar nas apresentações, que ganharam reforço de nomes como Cainã Cavalcante, Adriano Azevedo, Robertinho Marçal, Denilson Lopes e Miqueias dos Santos.

Vieram shows importantes, no Ceará, e uma ampliação para o reconhecimento nacional pelo grande público, com a destacada participação no programa The Voice Brasil, em 2013, do qual foi semifinalista. Passou então a morar no Rio de Janeiro, por dois anos, pertinho de Roberto Menescal, por coincidência descoberta ao longo das Olimpíadas de 2016. Cantou em Nova York, inclusive no Blue Note, e lançou em 2014 o disco “Entre o Mar e o Sertão”, sendo a faixa-título uma inédita de Evaldo Gouveia e Paulo César Pinheiro. Em 2015 veio o show “Estradas”, homenagem a Gonzaguinha, espetáculo que passou por várias capitais e que virou disco.

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