Com o título “Faça acontecer”, eis artigo de Ernesto Antunes, administrador, consultor de empresas e autor do livro “Empreendedorismo: causos e cases de sucesso”. Um testemunho de quem observa certos personagens ganhando seu espaço no meio social.
Confira:
Ao ser entrevistado recentemente no programa “É Retrô que Chama”, na Tempo FM, com o inoxidável Paulinho Leme, citei uma frase usada por ele na atração radiofônico: “Enquanto uns dormem, outros correm”. Na ocasião, falávamos que, se não corrermos mais do que o normal, não faremos acontecer. Ele complementava a frase, afirmando que existem pessoas que nasceram para fazer sucesso e outras apenas para “cumprir tabela”.
Após essa entrevista, fiquei refletindo sobre o quanto é verdadeira essa afirmação. Vejo o próprio exemplo dele, como radialista, que enxergou mais adiante e faz acontecer com festas retrôs que lotam clubes como o Náutico e a AABB, embaladas pelas discotecas dos anos de 70, 80 e 90, atraindo um público cativo e maduro. Gente que aprecia e gosta da boa música retrô, lembrando os
tempos da brilhantina, do sapato “cavalo de aço” e até das calças “boca de sino”. Essas festas retrôs, na minha opinião, tornaram-se verdadeiros “cases” de sucesso para esse público.
Mas, fazer acontecer não é para muitos. Acompanho de perto trajetórias de pessoas simples e de outras mais abastadas e verifico, principalmente nelas, o poder de superação, criatividade e visão para inovar e, realmente, fazer algo diferente do que a vida apresenta. Como característica, admiro pessoas de sucesso – seja no campo empresarial, cultural ou mesmo cidadãos comuns, que buscam realizar algo de forma diferente e inovadora.
Imagine um cidadão que cresceu em uma favela, com todas as dificuldades e, atualmente, faz acontecer de verdade. É o caso do escritor Geovani Martins, autor de “O sol na cabeça”, premiado internacionalmente. Lembro-me também de um empresário da Região do Cariri que, aproveitando o sucesso de seu restaurante, no qual, além de proprietário, protagoniza apresentações de sua
própria banda de samba, cantando e tocando variados instrumentos, construiu um negócio único. Até perguntei sobre sua versatilidade e, de forma simples e direta, ele afirmou: “Se o restaurante não der certo, já tenho outra atividade remunerada como músico”.
Ele relatou ainda que, durante o dia, escreve e vende seus cordéis nas cidades da região, garantindo uma renda extra. E não parou por aí. Nos finais de semana, reúne amigos adeptos de motocicletas para fazer trilhas e passeios, sendo presidente da associação de motoqueiros local. Depois de todo esse relato, afirmou que, além de todas essas atividades, faz acontecer ocupando, ao máximo, os espaços e oportunidades. Com seus cinquenta e poucos anos, prova que a realização pessoal e profissional é um estado de espírito e de determinação.
Na política, destaco, na esfera estadual, o eclético e atuante deputado Acrísio Sena; e, na esfera federal, o combativo senador Eduardo Girão. São políticos que, do seu jeito e com sua ideologia,
procuram fazer acontecer.
Lembro-me também do amigo, o jornalista Eliomar de Lima, que não se conteve em ficar apenas nas redações de jornais. Sua versatilidade o tornou, ao longo de mais de 40 anos de carreira, um verdadeiro multimídia, atuando em rádio, YouTube, jornal e até no seu próprio blog, além de criar um personagem cômico, o “Ratinho Onofre”. Eliomar sempre afirma: “Quem sabe faz a hora e não espera.Faz acontecer”, reproduzindo o compositor Geraldo Vandré.
Portanto, a regra é clara quando buscamos chegar ao topo. Ou, como diz o escritor Augusto Branco: “Faça valer a pena, que eu faço acontecer”.
*Ernesto Antunes
Administrador, consultor de empresas e escritor.
Uma resposta
Fazer acontecer são para pucos. Os personagens que vc cita no livro, realmente fazem acontecer. Parabéns!!