“A ACLA, de princípio, foi criada para não deixar no esquecimento o grande Capistrano de Abreu”, aponta o escritor e empresário João Soares Neto
Confira:
As minhas visitas à ACLA – Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba, Maranguape, dirigindo em estradas molhadas e desconhecidas, mostraram-me que ela encerra um grupo de intelectuais que, imaginem, se reúne, em dias de ‘Dolce Far Niente’, aos domingos, em um enclave prazeiroso. Quase um ninho em pé de serra. Lá até cozinham, conversam, debatem, riem e comem.
Corre um rio logo abaixo, sem pressa.
Isso é uma bela visão para quem olha. Bravo!
A ACLA, de princípio, foi criada para não deixar no esquecimento o grande Capistrano de Abreu, esse maranguapense nascido em 1853 e que abalou a forma como se escrevia a História brasileira,no século XIX. Mas é mais que isso.
Todos sabem, Capistrano saiu de Columinjuba-por sugestão de José de Alencar – pouco mais que um adolescente, rebelde, que perdera um ano em Recife.
Foi e nunca mais voltou ao Ceará, morrendo em 1927, aos 74 anos. Seu féretro foi uma apoteose, o caixão levado por amigos – e não era perto – ao cemitério.
Entretanto, quero falar da ACLA, essa entidade que reúne talentos e cultua, sobretudo, a vida e a obra do grande João Capistrano de Abreu. Ela amadurece com saber, sabor, discussões, ensaios e empreitadas. Vive ativa!
Neste ano de 2025, mês de novembro, a história, depois da Internet, da IA e de tantas mudanças, mostra o quase impossível: um muçulmano, não americano, ser eleito em New York.
Imagino o que Capistrano de Abreu, se consultado, diria desse fato e o comentaria. E você?
Uso apenas o meu dedo indicador esquerdo para batucar no celular essas linhas alinhavadas, entre atendimentos de pessoas e outras avenças.
Envio um abraço a todos os integrantes da ACLA e confio que meu colega de Instituto do Ceará, Gilson Moreira, possa entregá-lo ao presidente Francisco Ribeiro Moura.
Vida longa à ACLA.
João Soares Neto, um dos apaixonados por Capistrano, é integrante da Academia Cearense de Letras, do Instituto do Ceará e da Associação Brasileira de Imprensa