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“A cidade quer um dono”

Professor João Teles. Foto: Reprodução

“A mera prática de votar e observar, de forma passiva, as ações do prefeito, sem a adequada verificação de resultados tangíveis, compromete a essência da cidadania”, aponta o professor e historiador João Teles.

Confira:

A administração municipal exige uma diligência cuidadosa e uma atenção meticulosa, especialmente no que tange aos acessos que configuram a primeira impressão dos visitantes. A presença de resíduos sólidos constitui um elemento desestimulante, que prejudica significativamente a imagem pública da cidade. A promoção de um ambiente limpo e esteticamente agradável, requer a colaboração ativa de entidades e organismos públicos, os quais devem adotar uma postura proativa, manifestando-se por meio de iniciativas comunitárias, que incluam emissoras de rádio locais e instituições religiosas. A prática da limpeza deve ser entendida como um hábito cultural, fomentando o engajamento e o sentimento de pertencimento entre os cidadãos.

Se um indivíduo não se perceber como parte integrante de sua cidade, como poderá zelar por seu cuidado e exigir ações pertinentes de seus administradores? Ao optar por um gestor, o cidadão espera um administrador que trate a cidade como um bem de sua propriedade, propiciando, assim, um apego à localidade e um desejo por melhorias que tornem o ambiente urbano tão aprazível quanto um jardim bem cuidado. A mera prática de votar e observar, de forma passiva, as ações do prefeito, sem a adequada verificação de resultados tangíveis, compromete a essência da cidadania. Tal cenário prejudica a relação entre o prefeito e sua administração, além de não favorecer uma percepção positiva por parte do contribuinte em relação àqueles encarregados de gerir e cuidar do município.

É imprescindível que o cidadão mantenha confiança nas mudanças propostas e planejadas para a cidade, o que é o mínimo que se pode esperar. O cidadão não deve ser reduzido a um mero eleitor, desconsiderado nos debates acerca da cidade; essa situação é, sem dúvida, injusta. Ao sair de sua residência para exercer sua cidadania, seja em ambientes religiosos, feiras livres, mercados ou outros locais de congregação, é fundamental que se sinta parte ativa da cidade, integre o processo de tomada de decisões e perceba que sua voz e opinião são respeitadas e consideradas. Espera-se que nas eleições de outubro, os candidatos reflitam sobre essas questões e revisem suas posições a respeito. Necessitamos de uma cidadania forte e representativa.

João Teles de Aguiar é professor, historiador e integrante do Projeto Confraria de Leitura

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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