“A dura sina de torcer sempre pelo empate” – Por Luiz Henrique Campos

Pedro Raul marcou os dois gols do Vozão

Com o título “A dura sina de torcer sempre pelo empate”, eis a coluna “For das 4 Linhas”, assinada pelo jornalista Luiz Henrique Campos no Blogdoeliomar. Ele aborda o time do Ceará e suas oscilações de placar.

Confira:

O Ceará perdeu ontem para o Botafogo e encontra-se em 10º lugar na classificação da Série A após o fechamento da 11ª rodada do Brasileirão de Futebol. A colocação em si não chega a ser tão ruim, pois o time está, em termos de pontos, a duas rodadas de vantagem do primeiro da zona de rebaixamento, que é o Fortaleza. Apesar dessa posição na tabela, todavia, não seria de todo irresponsável, considerar que o time alvinegro encontra-se em situação ilusória no campeonato.

O fato, é que os resultados alcançados até agora não condizem com uma realidade: o time do Ceará é fraco, pouco producente e o que é pior, acostumou-se a só jogar em busca de empate. Prova de que o espírito de jogo do alvinegro é assim, é que há mais de quatro meses não consegue vencer fora de seus domínios e as partidas ganhas em casa, com exceção do limitado Sport, foram conquistadas com muita dificuldade e até com um pouco de ajuda dos deuses do futebol.

Nos últimos dois jogos, contra Atlético (MG) e Botafogo, um dentro de casa e outro fora, ficou clara a limitação do time de Porangabussu, pois perdeu os dois, e em nenhum momento de ambos, mostrou disposição para ganhar os três pontos. Na partida diante do Botafogo, no primeiro tempo, o Ceará deu apenas um chute a gol e, mesmo assim, sem levar muito perigo à meta do clube da estrela solitária.

No resto do jogo contra o Botafogo foi visível a falta de ousadia da equipe, com os passes sempre sendo para trás ou utilizando o chutão para Pedro Raul disputar ingloriamente com a zaga adversária. O resultado é que o gol do Botafogo era questão de tempo e veio antes do final da primeira etapa. No segundo tempo o Ceará até mudou a disposição e incomodou a zaga adversária, revelando que é possível ir em busca de algo maior nas partidas.

O futebol, na história, é um instrumento cultural de geração de autoestima, e o Brasil se orgulha disso até hoje por suas conquistas nas Copas. De outro lado, porém, não se dispor a lutar por conquistas maiores, no futebol ou em qualquer área, será quase sempre um aspecto a influir naquilo que se pode almejar. O time do Ceará, atualmente, parece aceitar essa subjugação. O risco é quando o torcedor assimila isso e passa a aceitar essa condição de inferioridade como algo natural.

*Luiz Henrique Campos

Jornalista titular da coluna “Fora da 4 Linhas”, do Blgodoeliomar.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (1)

  • Isso nenhum torcedor compreende.
    Jogar por empate, exceto nos casos de classificação mata-mata pode ser aceito.
    Mas nós torcedores do Fortaleza estávamos torcendo por empate contra Vitória e Palmeiras.
    E recentemente contra o Racing.
    Alan Neto já dizia que quem entra para não perder em geral é derrotado.

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