“Não vale o recolhimento de uma história de amplo interesse público em um prato com ralas guarnições”, aponta o cientista político Paulo Elpídio de Menezes Neto. Confira:
A constituição de um grupo com professores-fundadores, ex-reitores, historiadores e contemporâneos do eventos seria um bom começo.
Uma pesquisa cuidadosa de registros históricos e administrativos, realizada por pesquisadores e técnicos administrativos.
Recolhimento em fontes acreditadas de documentos administrativos fundadores.
Escrevi três ou quatro livros, nestes derradeiros 10 anos, que ninguém leu nem comentou… Publiquei-os às prooriS expensas para desobrigar-me de mendigar pelos “coletivos”, múltiplos e contraditórios em várias reitorias aparentemente desinteressadas.
Alguns artigos, publicados em periódicos pouco conhecidos, pecam pelo excesso de ativismo histórico, má construção narrativa e pelas omissões indesculpáveis para quem quer realizar exercícios de memória histórica. E pretendem merecer citação como referência de boa procedência historiográfica.
Ou os dirigentes da universidade deixam o campo livre para quem pretender escrever sobre estes anos heroicos ou abstêm-se da “construção” de uma versão particular financiada por recursos públicos ou “para-públicos” , realizada por biógrafos profissionais remunerados, segundo tabela corrente de honorários seguida para estas tarefas.
Não vale o recolhimento de uma história de amplo interesse público em um prato com ralas guarnições.
A construção deste relato de fatos e circunstâncias extraordinários não pode confundir-se com um “relatório” administrativo, de fatos triviais, trazidos, destes que se tornaram peças cultivadas em registros que possam ser contestados após a sua divulgação.
Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor, escritor e ex-reitor da UFC