“Os críticos, ignorantes que não se importam em permanecer no vazio, demonstram não saber sequer o óbvio ululante, qual seja o fato de que a tradição cristã tem suas raízes profundas no Judaísmo”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves. Confira:
Ser ignorante não é um mal em si. Porque a ignorância, esse vazio de saber, requer a consciência da necessidade de saber algo. Por isso é que Sócrates sabendo que nada sabia era considerado pelo oráculo como o mais sábio entre os gregos. A desgraça ocorre quando o que nada sabe se arvora em sabichão, em vez de buscar suprir o vazio da própria ignorância. Recentemente vimos uma enxurrada de sabichões a dissertar em torno das questões pertinentes ao histórico conflito israelo-palestinense (ou árabe-israelense, como queiram). Deputados, inclusive, subiram à tribuna da Assembleia Legislativa travestidos de teólogos, historiadores da Igreja e do Judaísmo, conseguindo apenas serem ridículos. Tudo começou quando o líder dos sabichões, o senhor Luís I. Nazi Lula da Silva destilou sua saliva pestilenta contra o Estado de Israel e, consequentemente, em favor do grupo terrorista Hamas. No caso dos grupos terroristas que agem na região, em especial o Hamas, em Gaza, nem é necessário ser contra Israel. Basta o silêncio diante das atrocidades que esses grupos praticam para já ficar clara a definição política do silente.
Quero, por pertinente, referir-me a uns vídeos que circulam na internet como conteúdo da guerra cultural desenvolvida pela esquerda brasileira, nos quais se vê pessoas criticadas por que sendo cristãs fazem a defesa dos judeus como se judias fossem. Os críticos, ignorantes que não se importam em permanecer no vazio, demonstram não saber sequer o óbvio ululante, qual seja o fato de que a tradição cristã tem suas raízes profundas no Judaísmo. Que o livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, contém o livro sagrado dos judeus, a Torá, que traduzimos como o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Jesus, o Cristo, é judeu. A salvação, consoante a crença cristã, portanto, vem dos judeus. O evangelista João já deixou isto claro (4.22). Equivocadas interpretações da Bíblia, exatamente ditadas pela ignorância, em tempos passados, ensejaram a lamentáveis episódios de perseguição e morte de judeus. Criminosos como Hitler e Stalin arrimaram-se nesses desvios para pôr em prática suas taras de assassinos. Nos dias que correm ainda vemos seguidores desses trastes políticos intentarem caminhos similares. É o que tem feito Luís I. Nazi Lula da Silva e seus seguidores no Brasil do século XXI.
O espaço não é o mais apropriado para uma discussão acadêmica. Porém, não custa uma breve citação que deveria calar essa gente antissemita, gente que se diz cristã, alguns notoriamente partidários da herética Teologia da Libertação, o que determina uma contradição flagrante em suas posições contrárias a Israel. Observo que vários teólogos e líderes religiosos, sobretudo os liberais e partidários da TdL, são quem preferem falar de “Primeiro Livro da Aliança” em vez de Antigo Testamento, exatamente para enfatizar a ligação profunda entre a Aliança mosaica e o que chamamos de Novo Testamento, ou seja, a “Segunda Aliança.”. José Luís Barriocanal afirma que “Este primeiro livro, que narra a aliança de Deus estabelecida com Israel (daqui a expressão “Primeiro Livro da Aliança), a Igreja apenas nascida, o recebeu como dom, de mãos judaicas… Por isso podemos qualificar o Novo Testamento como o “Segundo Livro da Aliança.” O estudioso alemão de Antigo Testamento, Ezich Zenger, prefere referir-se ao Novo Testamento como “Primeiro Testamento”. Esta nova qualificação evidencia que a primeira parte da Bíblia cristã constitui o fundamento fundante, aquilo que foi posto em primeiro lugar e sobre o qual se apoia o agir de Deus em Jesus e em todos os que o seguem.” Ezich Zenger explicita que a expressão Primeiro Testamento é mais adequada. “Atesta que a aliança eterna estabelecida por Deus com Israel, seu ‘primogênito’ (Exodo 4.22; Oséias 11.1), é o ‘início’ do grande ‘movimento de aliança’ pelo qual Deus quer abraçar também as demais nações. E, por último, enquanto ‘primeiro Testamento’ envia ao ‘segundo Testamento”. Sugiro aos ignorantes que preencham seu vazio com o mínimo de conhecimento para não ficarem falando besteirol nas redes sociais.
Barros Alves é jornalista e poeta
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Explicação perfeita. Como o conhecimento faz diferença!
Perfeito, como sempre. Parabéns e obrigada.
Sem comentários. Como sempre, arrasando. Parabéns, meu querido! Deus te cumule cada dia mais de Sabedoria e Graça diante Dele! Abraço! Shalom!