Sou um apaixonado por jogos olímpicos desde criança. Me atrai não só a magia que a salada de competições encerra, mas o entorno que esses momentos nos oferecem em termos de aspectos os mais variados, da sociologia a psicologia, passando pela filosofia a geopolítica etc. Tudo isso pode ser visto nos jogos olímpicos, basta ampliar a visão sobre eles.
Foi desta forma que fui me afeiçoando cada vez mais ao maior evento mundial de quatro em quatro anos. Nesta sua 33ª edição, os jogos olímpicos de Paris trouxeram um maravilhoso leque de opções de análises, onde pode-se ver a superação e a decepção de atletas, o preconceito contra alguns, o ódio contra outros, mas principalmente, a possibilidade de nos emocionar com o ser humano realizando coisas que só ele é capaz.
Foi essa plêiade de sentimentos que nos fez muitas vezes rir das derrotas e chorar nas vitórias, dando um tempo em expedientes de trabalho ou em aulas, para simplesmente assistir a uma competição como se aquilo fosse a coisa mais importante da vida. Os jogos olímpicos chegaram ao fim, mas suas imagens, produzidas em segundos, entram para a história, independente de vitórias ou derrotas, mas unicamente por representarem a possibilidade do ser humano ainda vislumbrar nos pequenos gestos, o verdadeiro sentido do esporte, da vida, de nossa existência nesse planeta.