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A política da igualdade de oportunidades de Lula e os prêmios secundários de loterias

Sorte tem quem acredita nela. O ditado popular não é seguido nas loterias da Caixa Econômica Federal, quando a questão é a divisão dos prêmios secundários. De acordo com a atual regra das loterias, apostas acima dos números mínimos permitidos são beneficiadas com valores maiores nas premiações secundárias, mesmo essas já tendo a vantagem do percentual maior de acerto.

Ou seja, a aposta que conta com sete números em um concurso da Mega-Sena, por exemplo, será duplamente beneficiada em detrimento daquelas apostas realizadas com seis números, que é a quantidade mínima permitida.

Ora, quem aposta uma quantidade de números acima da quantidade padrão, está interessado no prêmio principal, diante de uma maior probabilidade de acerto. Uma aposta padrão da Mega-Sena, de seis números, possui uma chance de acerto do prêmio principal, dentre 50 milhões. Uma aposta com sete números, melhora essa probabilidade para 7 milhões. Com oito números, para 1,7 milhão. E assim, sucessivamente, até a aposta máxima de 20 números, com probabilidade de acerto do prêmio principal de uma para menos 1,3 mil chances.

O sistema do duplo benefício a apostas com maiores quantidades de números contradiz a política da igualdade de oportunidades do presidente Lula, quando as premiações secundárias deveriam ser divididas em proporções iguais, pois as apostas acima da quantidade padrão já são beneficiadas pela melhor chance de acerto.

É o que pretendo corrigir, por meio de projeto a ser apresentado na Câmara Federal, na certeza de trazer mais justiça aos apostadores e às apostadoras sem condições financeiras de bancar maiores valores às suas apostas. Justiça essa a ser estendida através da aprovação da proposta nas comissões da Casa, na votação em Plenário e na sanção do presidente Lula.

“Vou combater todas as formas de desigualdade”, garantiu Lula, em seu primeiro discurso como presidente da República.

E a sorte, pode apostar, também apresenta desigualdades…

José Airton Cirilo é advogado, engenheiro civil e deputado federal do PT do Ceará

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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