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“A Praia do Náutico vai desaparecer?” – Por Mário Miranda de Albuquerque

Mário Albuquerque é administrador e desportista. Foto: Paulo MOska

Com o título “A Praia do Náutico vai desaparecer?”, eis artigo de Mário Miranda de Albuquerque, administrador de empresas e desportista. Ele estima que se nada for feito, nos próximos anos a Capital cearense perderá um dos seus pontos de atração. O avanço do mar chama a atenção.

Confira:

Como “testemunho ocular da história”, pois nado, quase que diariamente, há mais de quinze anos no local, venho observando o processo galopante do mar jogando areia em direção ao calçadão da Avenida Beira-Mar, no trecho da Praia do Espigão do Náutico.

Dois sinais são visíveis:

Um externo, pra todo mundo ver: o nível da área de areia vem subindo de tal maneira que logo os guardas-sois alugados pelos barraqueiros que já se deslocaram cerca de dez metros, recuarão até o calçadão.

O segundo sinal é interno, só percebido quem toma banho de mar. Na maré baixa hoje se consegue andar sobre a areia quase até à metade do Espigão com água pela cintura. Refiro-me ao seu lado esquerdo, mas parece que o fenômeno acontece do lado direito também, com outras características.

A prosseguir esse processo, veremos acontecer na Praia do Náutico o mesmo fenômeno registrado em outros locais do litoral cearense: o sumiço de praias.

Quem conheceu a Praia do Pacheco, em CVaucaia (RMF), observa hoje naquela banda do litoral uma comunidade fantasma. E sabe do que estou falando.

Os velhos pescadores, muitos hoje vendedores ambulantes, fazem profecias alarmantes. Convém levá-los a sério.

Quem sabe, a junção do saber tradicional com a Ciência possa encontrar saídas para a Praia do Náutico.

*Mário Miranda de Albuquerque

Administrador de empresas e desportista.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (2)

  • Interessante e preocupante a observação do Mário. Lembrando que empresários estão investindo milhões em equipamentos turísticos naquela área, notadamente no citado espigão. Lembrar que na Região, a UFC está implantando um campus com a temática oceânica e marítima. Os frequentadores assíduos e empresários da Beira Mar - como atletas e praticantes de corridas, assessorias esportivas, barraqueiros, hoteleiros, entre outros - poderiam provocar uma discussão ampla com a Prefeitura de Fortaleza, o Governo do Estado e a Academia, para antecipar ou amenizar futuros caos como aconteceu com outras praias cearenses, por exemplo, no Icaraí, em Caucaia; e em Requenguela, em Icapuí. Dá tempo de agir.

  • É preciso agir urgentemente para evitar a destruição da orla marítima do Náutico, seus arredores e a própria e bela história da nossa querida e amada Fortaleza-CE!!

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