“As ações de gestão pública municipal, em muitos casos, não conseguem impactar economicamente os municípios, inviabilizando todo e qualquer estratégia progressista que possibilite a manutenção dos munícipes em suas cidades”, aponta o jornalista Fábio Tajra.
Confira:
As habitações subnormais (favelas) crescem de forma descontrolada gerando verdadeiros depósitos “compulsório de gente, uma situação cada vez mais atual que promove todos os fenômenos sociais negativos, impactantes e que promovem as mais diversas formas de inviabilidade estrutural, econômica e assistencial.
As capitais não suportam tanta gente se acotovelando nas comunidades, que surgem quase que instantâneamente, através de invasões territoriais, ocasinando problemas diversos como insegurança, proliferação de doenças, desemprego, informalidade desenfreada e ocupações irregularidades.
As ações de gestão pública municipal, em muitos casos, não conseguem impactar economicamente os municípios, inviabilizando todo e qualquer estratégia progressista que possibilite a manutenção dos munícipes em suas cidades. Não existem propostas reais que possibilitem educação de qualidade, capacitação profissional moderna, estrutura física, reformulação tributária capaz de atrair empresas de médio e grande porte, reorganização dos pequenos negócios. Ou seja, nada de palpável é produzido pelos gestores públicos locais no sentido de viabilizar oportunidades de crescimento e desenvolvimento econômico e sustentável.
Uma verdadeira vulnerabilidade técnica visível que interfere de forma assustadora no processo administrativo localizado.
O GPS municipal das cidades parece direcionar lentamente os caminhos do desenvolvimento e o resultado disto é um cenário caótico.
Enquanto o foco for política por política, as inovações serão dissolvidas e as capitais brasileiras continuaram se configurando como depósitos de gente.
Fábio Tajra é jornalista e especialista em políticas públicas