“Vivemos tempos em que a verdade é distorcida, manipulada e muitas vezes sufocada por interesses escusos”, aponta o advogado Fábio Timbó.
Confira:
Subserviência aos poderosos e aos poderes constituídos é um dos maiores absurdos que podem existir numa sociedade que se pretende justa e democrática. É um equívoco gravíssimo permitir que o medo, a covardia e a falta de coragem de dizer a verdade prevaleçam, silenciando aqueles que deveriam, com firmeza, lutar por justiça e integridade.
Vivemos tempos em que a verdade é distorcida, manipulada e muitas vezes sufocada por interesses escusos, perpetuados por malfeitores que se escondem sob o manto do poder. Contudo, ao nos deixar intimidar por aqueles que erram, ao sermos coniventes com o erro, não apenas traímos nossos próprios princípios, mas também ajudamos a fomentar e perpetuar a injustiça. Ser subserviente aos poderosos é colaborar com a degradação moral e ética de toda uma sociedade, permitindo que a injustiça floresça.
Como disse Martin Luther King Jr., “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” E é exatamente esse silêncio que alimenta a injustiça, que perpetua o abuso de poder e que faz com que a verdade, a justiça e a ética sejam relegadas ao esquecimento.
É preciso coragem para se erguer diante dos poderosos, para confrontar os malfeitores, e para proclamar a verdade, independentemente das consequências. Não podemos nos permitir viver de joelhos diante de quem não respeita os princípios fundamentais de justiça e dignidade. Nossa voz deve ser alta e clara, ecoando a verdade, ainda que ela seja inconveniente para aqueles que ocupam posições de poder.
Que jamais nos falte a coragem de lutar pela verdade, e que jamais sejamos subservientes àqueles que buscam nos intimidar ou calar. O preço da liberdade e da justiça é a eterna vigilância, e é nossa responsabilidade garantir que a verdade seja sempre dita, mesmo diante dos mais poderosos, para que a injustiça não prospere.
Fábio Timbó é advogado, sócio diretor na Fábio Timbó Advogados Associados, ex-diretor de Divisão do Departamento Judiciário Cível do Tribunal de Justiça-CE, ex-presidente e conselheiro da ARCE, ex-secretário geral adjunto e corregedor da OAB/CE
