Com o título “Por que quero ser Defensor-Público Geral do Estado do Ceará?”, eis artigo de Adriano Leitinho, um dos quatro candidatos ao cargo de defensor-publico geral do Estado. “Quero ser Defensor Público Geral para ampliar a interiorização da Defensoria, fazendo valer o mandamento da Emenda Constitucional nº 80/2014, que assegura ao cidadão a presença de um defensor em cada comarca. Não se trata apenas de cumprir a lei, mas de aproximar a justiça de populações que historicamente estiveram invisíveis para o Estado.
Confira:
A Defensoria Pública é mais do que uma instituição: é um instrumento de transformação social, capaz de devolver dignidade a quem mais precisa e de efetivar o acesso à justiça como direito fundamental. Minha decisão de me candidatar ao cargo de Defensor Público Geral do Estado do Ceará nasce do compromisso profundo que tenho com a missão constitucional da Defensoria e com a necessidade de fortalecer ainda mais sua presença em todo o território cearense.
Nos últimos anos, vivenciei de perto as dificuldades enfrentadas pela instituição: déficit de defensores em diversas comarcas, precariedade estrutural em algumas unidades, sobrecarga de trabalho e a constante luta por valorização. Ao mesmo tempo, presenciei a força e a criatividade dos colegas, que, com dedicação e vocação, conseguem garantir direitos mesmo diante de tantas limitações. Esse contraste me fez perceber que o Ceará precisa de uma gestão que una coragem, diálogo e visão estratégica.
Quero ser Defensor Público Geral para ampliar a interiorização da Defensoria, fazendo valer o mandamento da Emenda Constitucional nº 80/2014, que assegura ao cidadão a presença de um defensor em cada comarca. Não se trata apenas de cumprir a lei, mas de aproximar a justiça de populações que historicamente estiveram invisíveis para o Estado. Essa interiorização precisa vir acompanhada de investimentos em estrutura física, tecnológica e em pessoal, de modo a garantir não apenas a presença, mas a qualidade do atendimento.
Outro ponto que me move é a valorização dos membros e servidores da instituição. Uma Defensoria forte só se constrói com profissionais respeitados, ouvidos e motivados. Pretendo atuar com gestão participativa, ouvindo Conselheiros, supervisores, servidores e a Ouvidoria Externa, para que cada decisão reflita as reais demandas de quem vive a Defensoria no dia a dia. A democracia interna será um pilar fundamental de minha atuação.
Além disso, tenho o compromisso de alinhar a instituição às diretrizes de sustentabilidade e responsabilidade social, conectando nossa atuação à Agenda 2030 da ONU. A Defensoria deve ser vanguarda na proteção de direitos, mas também exemplo de instituição moderna, inclusiva e ambientalmente responsável.
Decidi me candidatar porque acredito que a Defensoria Pública do Ceará pode avançar muito mais. Quero ser Defensor Público Geral para liderar esse processo, com responsabilidade, coragem e, sobretudo, com a convicção de que nosso papel é transformar vidas por meio da justiça.
*Adriano Leitinho
Defensor público do Estado do Ceará.
DETALHE – O pleito, para a formação da lista tríplice, ocorrerá na próxima sexta-feira. Estão ainda nessa disputa a atual defensora-pública geral do Estado, Sâmia Farias, a defensora Elizabeth Chagas e o defensor Weimer Salazar Montoril.