O cardápio ficou à mercê de Carlos Lupi, com receitas apimentadas e sem refresco. Pior para Roberto Cláudio, que sequer teve direito à sobremesa.
Esse foi o cenário do almoço do PDT, na tarde desta sexta-feira (14), em um restaurante no bairro Varjota, em Fortaleza, quando o prato principal foi o posicionamento do presidente municipal do partido e ex-prefeito Roberto Cláudio, que no segundo turno da eleição ao Paço Municipal declarou apoio à candidatura André Fernandes, do PL.
“Com a direita não iremos, ponto”, avisou o presidente nacional licenciado do PDT e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Entre “tapas e beijos”, Lupi elogiou a trajetória política de Roberto Cláudio, mas enfatizou cada sílaba ao apontar que o presidente do PDT de Fortaleza errou no apoio aos “torturadores”.
“O torturado jamais fica do lado do torturador”, disse Carlos Lupi, ao repetir frase de Leonel Brizola, sem atentar que André Fernandes tinha 6 anos de idade, quando da morte do fundador do PDT.
Para não dizer que Lupi “não falou de flores”, o presidente nacional licenciado do PDT assegurou apoiar “qualquer projeto que Roberto Cláudio esteja à frente, eu estou junto, estou incorporado. Eu sequer cogito a possibilidade de perdê-lo como um quadro do PDT”.
Para Roberto Cláudio, que apontou a necessidade de o partido apresentar uma alternativa de candidatura que faça frente ao projeto de poder hegemônico do PT no Ceará, quando tem incentivado um grupo de oposição ao governo petista de Elmano, incluindo três parlamentares do PL, além de quatro do próprio PDT, ficou na mesa o prato de apoio à esquerda no Palácio da Abolição e no Paço Municipal.
Com relação à digestão, isso depende da quantidade de ingredientes “goela abaixo”…
Ciro Gomes
O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes não compareceu ao evento porque se encontra em viagem com a esposa Giselle Bezerra, que nesta sexta-feira completa 46 anos.
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Carlos Lupi lá tem moral pra chegar dando ordem a ninguém. O PDT não é o mesmo do tempo de Brizola. Transformou-se apenas em um oportunista caudatário do PT e da organização criminosa que retornou ao local do crime. (Créditos da última frase para Geraldo Alckmin).