Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não tem problema em corrigir rota das suas decisões, mas que o recuo em parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pode demandar um ajuste no contingenciamento anunciado ontem. Haddad comentou a revogação da alta da alíquota para aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, que passaria a ser de 3,5%. Com isso, a alíquota zero está mantida nestes casos. “O impacto é muito baixo. Estamos falando de menos de RS 2 bilhões. Todas as medidas anunciadas são da ordem de R$ 54 bilhões”, disse o ministro.
“Pode ser que tenhamos que ampliar o contingenciamento, fazer ajuste nessa faixa, mas ainda não tem nada previsto exatamente”, disse Haddad.
O ministro disse que mantém diálogo permanente com o mercado financeiro, e que houve ruído sobre parte das medidas, em particular sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP), dividendos e remessas para o exterior.
“Nosso diálogo com o mercado tem sido constante. Não temos problema em corrigir a rota, desde que o objetivo de reforçar o arcabouço fiscal e as metas para a saúde financeira seja mantido”, disse o ministro. Segundo o anúncio dessa quinta-feira, as medidas de aumento do IOF tinham o objetivo de arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.
(Com G1 e Bom Dia Brasil, da TV Globo)