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“André Fernandes se mostrou um bom jogador de xadrez rápido… e a cadência de tempo favoreceu”

Nicolau Araújo é jornalista

“Alguém esqueceu de avisar aos estrategistas do PT que, em um debate, mais vale a última palavra do que a apresentação de uma boa proposta”, aponta o jornalista Nicolau Araújo.

Confira:

Não é preciso ser um jogador de xadrez para entender que muitas vezes a cadência de tempo é fator determinante para a vitória. De forma curiosa, não importa se o enxadrista está com vantagem de peças ou prestes a dar xeque-mate. Se não há mais tempo, de nada vale a melhor performance no tabuleiro.

Foi do que se valeu o candidato André Fernandes (PL), na noite da sexta-feira, 25, em debate contra o candidato Evandro Leitão (PT), pelo segundo turno da eleição à Prefeitura de Fortaleza, realizado pela TV Verdes Mares, filiada da Globo no Ceará.

Em um sistema de contagem regressiva, em que cada candidato começava com 5 minutos em temas determinados e 10 minutos em temas livres para o confronto de ideias, ora idealizado como apresentação de propostas, André Fernandes preparou a sua estratégia em cima da cadência de tempo, quando fazia perguntas curtas na provocação de respostas longas.

O candidato do PL chegou, inclusive, a permitir uma frente de ataque de Evandro, somente para fazer o petista gastar o tempo, ao perceber que os estrategistas da candidatura do PT buscavam passar uma maior experiência de vida pública de Evandro Leitão, por meio de siglas de departamentos, número de uma lei qualquer e, claro, propostas alongadas.

Alguém esqueceu de avisar aos estrategistas do PT que, em um debate, mais vale a última palavra do que a apresentação de uma boa proposta.

E Evandro, no primeiro, no segundo e no quarto bloco, ficou em xeque ao não ter como rebater o discurso de André, diante do tempo zerado. Houve empate de tempo no terceiro bloco. No segundo bloco, o candidato do PL ficou com absurdos três minutos para falar o que quis, diante do silêncio obrigatório do adversário. E André falou… o que quis.

Diferente do jogo de xadrez, o debate político não produz o xeque-mate. Mas influencia os peões na trajetória de seu rei…

Nicolau Araújo é jornalista pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Marketing Político e com passagens pelo O POVO, DN e O Globo, além de assessorias no Senado, Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza, coordenador na Prefeitura de Maracanaú, coordenador na Câmara Municipal de Fortaleza e consultorias parlamentares. Também acumula títulos no xadrez estudantil, universitário e estadual de Rápido

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