“Não se trata de negar que o clima muda, pois o clima sempre mudou, mas de reconhecer que as causas e a magnitude dessas variações estão longe de ser consenso entre cientistas”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves
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Nos últimos anos o discurso sobre o “aquecimento global” transformou-se em uma espécie de dogma moderno. A narrativa apocalíptica de que o planeta caminha para o colapso climático se repete nos noticiários, nos discursos políticos e até nas salas de aula, quase sempre como verdade indiscutível. Questionar essa retórica é, para muitos, um ato de heresia científica. Mas será mesmo que a Terra está à beira de um desastre? Ou estamos diante de uma das maiores manipulações ideológicas do nosso tempo?
Em 2012, numa solenidade realizada na Livraria Cultura do Iguatemi em Fortaleza-Ceará, eu tive a honra de apresentar o livro PSICOSE AMBIENTALISTA, de autoria de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, bisneto da Princesa Isabel e herdeiro presuntivo do trono brasileiro, usurpado de Dom Pedro II por um golpe militar. No livro “Psicose Ambientalista”, Dom Bertrand não hesita em classificar o ambientalismo radical como uma “religião sem Deus”, que, sob o pretexto de salvar o planeta, busca controlar comportamentos, economias e consciências. O príncipe denuncia o uso político do medo ambiental, instrumento eficaz para justificar restrições à propriedade privada, à liberdade econômica e à própria soberania das nações.
Não se trata de negar que o clima muda, pois o clima sempre mudou, mas de reconhecer que as causas e a magnitude dessas variações estão longe de ser consenso entre cientistas. O meteorologista Richard S. Lindzen, do Massachusetts Institute of Technology – MIT, há décadas alerta que “não há evidências de que o aquecimento observado seja fora do normal histórico” e que os modelos climáticos “superestimam as reações do sistema terrestre”. A climatologista Judith Curry, por sua vez, lembra que o debate científico foi sequestrado por uma mentalidade de “consenso fabricado”, em que dúvidas legítimas são tratadas como negacionismo. Já o físico Freeman Dyson, da Universidade de Princeton, criticava o que chamava de “fetiche dos modelos climáticos”, lembrando que o planeta é um sistema complexo demais para ser reduzido a gráficos alarmistas.
Esses nomes, todos respeitados em suas áreas, questionam a pressa e o exagero com que se associam fenômenos naturais, como secas, enchentes, furacões, a uma suposta culpa humana universal. Muitos desses fenômenos sempre ocorreram e continuarão a ocorrer. O que muda é a forma como são interpretados, e sobretudo explorados.
De fato, o “aquecimento global catastrófico” tornou-se um poderoso instrumento político. Sob sua bandeira, impõem-se novas taxas, tratados internacionais e restrições à produção industrial, especialmente nos países em desenvolvimento. O resultado é previsível: os ricos mantêm seu padrão de vida, enquanto os pobres pagam a conta da culpa ambiental.
Como está dito em “Psicose Ambientalista”, o medo é a mais eficaz das ferramentas de controle. Ao pintar o futuro com as cores do apocalipse, o ambientalismo radical oferece uma nova forma de moralidade laica: quem consome é culpado, quem duvida é inimigo, e quem paga imposto é redimido. A ciência, nesse cenário, vira pretexto; o debate, tabu; e a liberdade, vítima.
Há, evidentemente, cientistas sérios empenhados em compreender a complexidade do clima e propor soluções equilibradas. Mas a histeria midiática e o ativismo de ocasião obscurecem qualquer nuance. Transformaram o tema em cruzada moral, não em campo de pesquisa.
Talvez, no futuro, o mundo olhe para essa “psicose ambientalista” como olhamos hoje para outras modas intelectuais que prometeram salvar a humanidade. E talvez descubra que a verdadeira catástrofe não foi o calor do planeta, mas o gelo imposto ao pensamento livre.
Barros Alves é jornalista e poeta
Ver comentários (4)
A continuar no ritmo atual, é provável que a humanidade seja extinta devido às pelas mudanças climáticas ainda nesse século. Muitas outras espécies seguem o mesmo caminho. O negacionismo associado às mentiras de quem é porta-voz da extrema direita e do capitalismo só acelera isso.
Parabéns pela lucidez.
Puro ativismo com fins políticos e financeiros.
Organize um manifesto assinado por cientistas lúcidos desmentindo o dito por aproveitadores.
Temos que realmente buscar alternativas de vida mais coerentes
Mas de forma racional e sem alarde .
Jornalista negacionista e mal informado
Dizem que o Saara e a antártica eram áreas verdes, sem combustível fóssil se transformaram em desertos.
Tudo isso me lembra o Bug do milênio.