O governo da Argentina implementou uma nova regulamentação para a classificação da deficiência intelectual, resgatando termos considerados arcaicos e discriminatórios. A mudança, publicada no Boletim Oficial por meio da Agência Nacional de Deficiência (ANDis), utiliza nomenclaturas como “idiota”, “imbecil” e “débil mental” para definir diferentes níveis de comprometimento cognitivo. A decisão gerou forte reação de organizações da sociedade civil e especialistas em direitos humanos.
A nova classificação está presente no anexo do decreto que estabelece os critérios para concessão de pensões por invalidez laboral. No texto, pessoas que apresentam diferentes graus de deficiência intelectual são categorizadas conforme sua capacidade de ler, escrever, manejar dinheiro e realizar tarefas básicas do dia a dia.
O documento define, por exemplo, que “idiotas” não atravessaram a fase glósica, não leem nem escrevem e não conseguem viver de forma independente. “Imbecis” podem realizar tarefas rudimentares, enquanto “débeis mentais profundos” são descritos como capazes apenas de assinar o próprio nome e realizar trabalhos simples.
(Com InfoMoney)