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Terminou em agressões e cadeiras atiradas a assembleia geral dos professores estaduais, na noite desta quinta-feira (4), no Ginásio Aécio de Borba, na Gentilândia, após o Sindicato Apeoc não discutir a questão da greve da categoria.
A confusão teve início quando o presidente da Apeoc, Professor Anízio Melo não quis tratar sobre a greve, diante do impedimento da votação enquanto houvesse mesa de negociação.
Ao colocar como satisfatório a proposta de reajuste de 7,3% para profissionais temporários, 10% a 15% para efetivos estáveis e 12% a 17% para professores com doutorado, Anízio Melo foi acusado de ter aceito a proposta sem consultar a categoria.
Em nota, o presidente da Apeoc sugeriu que o tumulto ocorreu por meio de “infiltrados” na assembleia.
Confira a nota:
“Viemos a público nos manifestarmos acerca dos atos criminosos praticados por uma minoria truculenta composta por arruaceiros covardes e antidemocráticos, que, por meio da violência explícita, colocaram a vida de diversas pessoas em risco na Assembleia Geral da categoria, no dia de hoje (4).
A Assembleia foi deliberadamente interditada e implodida pela referida horda quando a Presidência da entidade tentava encontrar uma proposta de medição para dar continuidade à nossa luta de forma ampla e unificada.
As ameaças e truculências que ocorreram antes e durante a Assembleia, bem como o ódio manifestado no cerceamento das falas, foram práticas que culminaram com o ataque à vida e à democracia.
Nos momentos finais da Assembleia, os criminosos arremessaram diversas cadeiras e jogaram vários objetos contra as cabeças dos membros de nossa direção e demais pessoas, que estavam de costas se dirigindo à saída do Ginásio Aécio de Borba.
As cenas lamentáveis e inadmissíveis de selvageria, que circulam nas redes sociais envergonham a nobre profissão que exercemos e maculam a imagem da categoria dos profissionais do magistério perante a sociedade.
Nossa categoria não deve ser confundida com o banditismo, pois ela é majoritariamente formada por cidadãos exemplares, que exercem suas funções com excelência e fazem com que nosso estado seja destaque nacional nos índices educacionais.
Cabe destacar que a presença de sujeitos que não pertencem à categoria no local da Assembleia demonstra claramente o objetivo de um setor oportunista, que, para a construção de palanques de oposição sindical e eleitorais, não medem esforços para implodir a realização de nossas Assembleias, fato este que não é inédito.
A direção do Sindicato APEOC deixa bastante claro que a luta continua e que está mantido o estado de greve. Vamos realizar a nossa Assembleia Geral em todo o estado do Ceará, garantindo a legitimidade e a legalidade de todas as nossas ações e decisões.
Temos certeza que os maiores avanços de valorização dos profissionais da educação em rede estadual do Brasil devem continuar. Deixamos muito claro que não seremos palanque para oposição nem colchão para a situação.
Por fim, nos solidarizamos com todas as vítimas das absurdas e covardes agressões e afirmamos que tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar cada um dos agressores. A luta continua. Fascistas não calarão a nossa voz!“