“Assim como na vida, o futebol pede ousadia e coragem” – Por Luiz Henrique Campos

Com o título “Assim como na vida, o futebol pede ousadia e coragem”, eis título da coluna “Fora das 4 Linhas”, assinada pelo jornalista Luiz Henrique Campos. Ele analisa a vitória de virada do Ceará sobre o Cruzeiro (1×2), em pleno Mineirão, nesse domingo.

Confira:

O futebol é mesmo um jogo sensacional por tudo que se encerra em termos de arte, técnica, filosofia, paixão, esperteza, enfim, os ingredientes que compõem a estrutura de uma sociedade em qualquer circunstância. Não à toa, por mais que se tente explicá-lo, corre-se sempre o risco da lógica ser subvertida pelo acaso do destino . Foi assim a partida do Ceará ontem contra o Cruzeiro, na qual o alvinegro não só venceu, como fez talvez o seu melhor jogo na Série A deste ano.

Derrotado fragorosamente pelo Mirassol no meio de semana, em uma partida onde expôs suas fragilidades de maneira aberta, revelando o quanto o time estava aquém das expectativas, esperava-se que diante do time mineiro, primeiro na tabela e invicto em casa há 16 jogos, que o Ceará iria apenas cumprir tabela, rezando para perder de pouco.

O receio era tão forte em relação a derrota, que o treinador Léo Condé armou esquema com três volantes, apostando tudo em uma bola, ou simplesmente um pontinho na tabela. Acontece que no futebol, não se pode menosprezar o imponderável. E nesse domingo, ele se fez presente em Belo Horizonte com requintes de roteiro cinematográfico. Ao tomar um gol aos 3 minutos do primeiro tempo, por falha do goleiro Bruno Ferreira, o Ceará se viu sem pai nem mãe, pois todo o esquema montado foi por água abaixo.

Em vista disso, restou ao time alvinegro partir para o jogo, o que tem abdicado de fazer até agora no Brasileirão por conta do medo e da covardia ao se achar inferior. Assim como na vida, o jogo de futebol exige ousadia e foi o que o time alvinegro se permitiu quando não tinha mais nada a perder no jogo de ontem. O que se viu desde então foi um Ceará jogando para cima dentro dos seus limites, mas se impondo, mostrando que perder ou ganhar faz parte da disputa, mas abdicar de jogar será sempre uma opção que por mais certa em determinados momentos do jogo, nunca trará confiança ao time e a torcida.

*Luiz Henrique Campos

Jornalista que assina a coluna “Fora das 4 Linhas”, do Blogdoeliomar.

Luiz Henrique Campos: Formado em jornalismo com especialização em Teoria da Comunicação e da Imagem, ambas pela UFC, trabalhei por mais de 25 anos em redação de jornais, tendo passando por O POVO e Diário do Nordeste, nas editorias de Cidade, Cotidiano, Reportagens Especiais, Politica e Opinião.

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